Uma lágrima, uma dor e uma saudade...

Leia a coluna de Tom Barros desta terça-feira (9)

Escrito por
Tom Barros producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 08:30)
Legenda: Osvaldo Azim, ex-presidente do Fortaleza
Foto: Reprodução/TVC

Em pouco mais de um ano, a crônica esportiva cearense sofreu perdas bem significativas. Foram nomes que deixaram as marcas de seus talentos registradas na história. Pessoas queridas com as quais tive o privilégio de conviver durante muitos anos. Profissionais que agora estão no plano superior.

No dia 03 de abril de 2024, Alan Neto; no dia 06 de julho de 2024, Sebastião Belmino; no dia 11 de março de 2025, Júlio Sales; no dia 31 de agosto de 2025, Chico Rocha; no dia 07 de setembro de 2025, Osvaldo Azim. Terminaram assim as suas missões na terra.

De cada um, as doces lembranças de tantas coberturas estaduais, nacionais e internacionais. Emoções vividas e divididas entre grandes vitórias e choradas derrotas. Mas, em todas, a dedicação, o zelo, a busca pelo melhor, dentro de um profissionalismo de alto nível.

Doeu muito cada despedida. Apagar das luzes. Apito final. Jogo encerrado. Nada mais a acrescentar senão a todos o melhor agradecimento. No meu coração, repleto de nostalgia, uma lágrima, uma dor e uma saudade.

Tetra

Mais distante um pouco, a perda de três companheiros que em 1994 comigo cobriram a Copa do Mundo dos Estados Unidos: narrador Carlos Fred (2016), narrador Cezar Rizzo (2018) e o comentarista Sérgio Pinheiro (2019). Ali, nós vivemos juntos uma das maiores glórias do futebol brasileiro. Cobertura inesquecível.

Especial

O Sérgio Pinheiro foi o amigo-irmão com quem eu mais viajei pelo mundo afora. Notável comentarista. Cobrimos Copas do Mundo, Eliminatórias, Campeonato Brasileiro. Palcos na América do Sul, Europa, Estados Unidos... Por trás do temperamento forte dele, um coração altamente generoso. Lealdade pura.

Integrante

Com o Sérgio Pinheiro houve um entrelaçamento de família. Ele levava aos estádios os meus filhos Hannover e Marcel. Foi ele quem colocou no rádio o Victor Hannover. Tenho pela família do Serginho a ternura da gratidão. Maria Luíza (viúva), Sâmia Pinheiro (filha) e os netos Ricardo Sérgio e Maria Clara moram no meu coração.

Professor

Do querido Júlio Sales, além da saudade, o eterno agradecimento por tudo o que ele me ensinou no tocante à narração de futebol. Antonio Júlio da Imperatriz Salles, o Julinho, viveu do rádio e para o rádio. Grande companheiro dos meus primeiros tempos na Rádio Uirapuru na década de 1960.

Nostalgia

Gostaria de entrar no túnel do tempo. Voltar ao passado. A cada um daria o meu abraço apertado e diria baixinho, bem junto ao peito: obrigado amigo. Obrigado por tudo. E parabéns mesmo. Parabéns pelo legado de amor à profissão e à vida. Vocês deram ao rádio cearense grandeza, esmero e qualidade. Fiquem com Deus!

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