Um treinador acima dos resultados

Leia a coluna do Tom Barros

Legenda: Técnico Vojvoda em treinamento do Fortaleza
Foto: Thiago Gadelha/ SVM

Juan Pablo Vojvoda tem carisma. E foi com esse carisma que conseguiu reviravoltas inacreditáveis. Superou situações que outros treinadores jamais superariam. Mantém-se firme como uma rocha, mesmo quando os resultados são desfavoráveis. Na Série A do ano passado, experimentou o dissabor da lanterna na primeira fase da competição. Na segunda fase, imprimiu reação tão avassaladora que conquistou uma vaga na pré-Libertadores. É por isso que ele alcançou o superior patamar de credibilidade. Quem passaria imune a uma sequência de quatro derrotas?

Ora, no futebol brasileiro, um treinador que perde três seguidas está assinando a própria demissão. Com Vojvoda é diferente. A diretoria sabe que ele conseguirá contornar o problema. A torcida deposita nele uma confiança incomensurável. Todos sabem que, mais cedo ou mais tarde, Vojvoda puxará da manga a carta libertadora. E o Fortaleza voltará a vencer. Fez isso várias vezes. Se fez, será capaz de repetir agora. Não é o primeiro momento desfavorável que ele experimenta no Fortaleza. Nem será o último. As coisas vão acontecendo. Se fosse um outro treinador, já estaria na corda bamba. Com Vojvoda, nem se fala nisso. Tem crédito de sobra. 

Campeões 

Samuel Xavier e Lima tiveram boas passagens pelo Ceará. Lima brilhou intensamente na primeira passagem. Na segunda passagem, ficou devendo melhor futebol. Agora, sob o comando de Fernando Diniz, os dois conquistaram pelo Fluminense o título de campeões brasileiros da Série A nacional. São as voltas que a vida dá. 

Opinião 

Não sou contra a vinda de um treinador de fora para dirigir a Seleção Brasileira. O intercâmbio é importante. Vejam quantos estrangeiros estão no futebol cearenses. Todos estão dando uma enorme contribuição. No caso de técnico de fora para dirigir a Canarinho, não vejo necessidade disso. Não passa de um modismo tolo, encampado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes. 

A vez 

Está claro que o momento é de Fernando Diniz. Não como treinador interino. Chegou a vez de Diniz assumir como titular absoluto, sem o fantasma de Carlo Ancelotti. Na verdade, Ancelotti deveria comandar a Seleção da Itália, seu país, já que a Azzurra sequer conseguiu vaga para as duas últimas Copas, ou seja, a de 2018 e a de 2022. Certamente na Itália estão precisando mais do trabalho dele. 

Última Copa 

A Seleção Brasileira ainda depende de Neymar, que está com 31 anos de idade. Tem condições de disputar a Copa de 2026. Messi tinha 35 anos quando se sagrou campeão do mundo pela Argentina em 2022. Se Neymar dedicar-se à sua vida de atleta, poderá disputar a Copa de 2030, pois estará com 37 anos. Nilton Santos tinha 38 anos, quando foi bicampeão mundial pelo Brasil em 1962.  

Suposições 

Quem será a estrela do futebol brasileiro que ocupará o espaço de ídolo maior, ora ocupado por Neymar? Quero acreditar ser difícil apontar agora um nome. Estão em ascensão Rodrygo (22 anos), do Real Madrid, e Endrick, do Palmeiras. Endrick tem apenas 17 anos. Ingressará no Real Madrid em julho de 2024, quando completará 18 anos.  



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