Um Fortaleza com “sotaque português”
Leia a coluna de Tom Barros
Não é da noite para o dia que se monta um time de futebol. Requer tempo, treinamento e maturação. A saída de um treinador gera impacto. E a saída de um treinador, que foi ídolo do clube, gera impacto muito maior ainda. Assim é a fase atual vivida pelo Leão de Aço, agora sob “sotaque português”.
Começou a “era Renato Paiva”. Começou com um empate (1 x 1) diante do Bahia. É uma nova filosofia de jogo. Portanto, a assimilação por parte do elenco demandará tempo. Até alcançar a automação, que eu chamo de sintonia fina, algumas partidas servirão de base.
Aí estão algumas caras novas. Herrera e Bareiro entraram, respectivamente, no lugar de Marinho e de Lucero. Outras mexidas de maior significação serão processadas. Tudo será de forma gradual, seguindo as análises do treinador Renato Paiva. No período, a paciência será fundamental.
O próximo jogo do Fortaleza será diante do Bragantino, sábado próximo, às 18:30, no Castelão. O Bragantino faz ótima campanha. É o terceiro colocado, com 27 pontos. Boa oportunidade para observar os avanços do formato tricolor.
Ajustes
Após o empate com o Bahia, o técnico estreante, Renato Paiva, disse que gostou da produção do Fortaleza, máxime pela atitude da equipe. Mas agora, tendo até sexta-feira para trabalhar, certamente estabelecerá como vai querer evoluir para definições mais apuradas.
Segurar
Ficou muito claro que o Fortaleza manteve ótimo o ritmo durante todo o primeiro tempo. Na segunda fase, foi dominado pelo Bahia. Esse dado é importante. Pergunto: por que o Fortaleza cedeu espaço? O Bahia soube se impor pelo seu mérito ou o Fortaleza não conseguiu manter o ritmo necessário?
Duas derrotas
O Ceará perdeu a segunda partida seguida, pelo mesmo placar, 1 a 0. Foi assim diante do Corinthians e foi assim diante do Internacional. Nos dois jogos, teve várias chances de empatar, mas desperdiçou. Resta uma certeza: o time está precisando de melhor qualificação.
Limite
Fica sempre a impressão de que Léo Condé está tirando leite de pedra, ou seja, extraindo o máximo que o elenco alvinegro pode oferecer. Em nenhum jogo, mostra superioridade. É ali, na agonia, na conta do chá. Isso, de certo modo, preocupa muito. A posição (11º) ainda é confortável, mas um novo tropeço acenderá o alarme.
Adversário
O Mirassol faz boa campanha. É o sétimo colocado. Na rodada passada, aplicou 3 a 0 no Santos. Com direito a olé. O jogo será amanhã, no Castelão, às 19 horas. A necessidade de vitória do Ceará vira pressão. O Alvinegro precisa ser mais incisivo. Terá de se impor. A turma de trás (Inter, Grêmio e São Paulo) está chegando.