Um começo animador na Copa do Mundo de Clubes

Leia a coluna do Tom Barros

Escrito por
Tom Barros producaodiario@svm.com.br
Legenda: Vitor Roque durante Palmeiras x Porto no Super Mundial de Clubes 2025
Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

O futebol brasileiro, tão desacreditado nos últimos tempos, emplacou três lideranças ao final da fase de grupos do Mundial de Clubes: Palmeiras (Grupo A), Flamengo (Grupo D) e Fluminense (Grupo F). E o Botafogo, embora segundo colocado no Grupo B, obteve bela vitória sobre o PSG, atual vencedor da Champions League. 

Lamentavelmente, o confronto Palmeiras x Botafogo, nas oitavas de final, mandará de volta um time brasileiro. O início animador conduziu os críticos a uma revisão de conceitos sobre a qualidade posta em prática pelos nossos representantes. As próximas etapas serão fundamentais para novas conclusões.  

Não sei de onde surgiu a observação segundo a qual os europeus não ligam muito para o Mundial de Clubes. Dizem que, para eles, importantes são apenas as competições europeias. Pura falácia. É uma desculpa amarela já preparada para justificar algum possível insucesso. 

Como analista, já disse que a Copa do Mundo de Clubes começou morna e sem graça. Mas para eles, os competidores, que disputam premiações elevadíssimas, a situação é diferente. Tal desculpa não cola. 

Avaliação 

Desde quando a Copa Intercontinental passou a ser definida em um único jogo, no final de cada ano, a situação tornou-se bem favorável aos europeus. Os brasileiros chegam lá exauridos, após o massacre da temporada aqui. Já os europeus, fisicamente, chegam inteiros porque estão no meio de suas temporadas. 

Observação 

Pode ser que eu esteja enganado, com relação ao que expliquei no tópico anterior. Mas os próprios jogadores brasileiros reclamam do extremo cansaço, após o término do calendário nacional. Certamente, agora será possível tirar conclusões valiosas, após a atual Copa do Mundo de Clubes. 

Convocação 

O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, tirará o melhor proveito ao analisar os times brasileiros que estão no Mundial de Clubes. Mas muito mais proveito tirará, creio, se olhar preferencialmente para os jogadores que atuam nos times daqui. É preciso reduzir a preferência pelos que atuam na Europa.  

Modelo 

A convocação voltada para a maioria dos brasileiros que atuam na Europa não tem correspondido. Desde 2006, não tem vingado. Interessante seria um meio termo, ou seja, buscar os que atuam no futebol europeu, mas, na mesma proporção, selecionar também os que estão atuando aqui. 

Fim 

A rigor, estou torcendo mesmo é pelo término da Copa do Mundo de Clubes. Voltar logo às competições nacionais. E examinar como retornarão Ceará e Fortaleza, após a paralisação. Um hiato assim, não raro, muda totalmente a natureza das coisas. Será um recomeçar, não digo do zero. Mas será, sim, um recomeçar.

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