Time reserva e time titular
Leia a coluna de Tom Barros
De certa época para cá, haja vista o excessivo número de competições, os clubes observaram a necessidade de montar elencos maiores, visando a cobrir a ampliação da demanda. Assim foi feito para, apesar da rotatividade, preservar a qualidade do grupo.
Ora, para montar um elenco mais qualificado, as despesas sobem. Então, as equipes com maior poder financeiro passaram a levar vantagens sobre as equipes de posses limitadas. Não por acaso, Palmeiras e Flamengo conseguiram investir em contratações mais significativas.
As diferenças de cofre não permitem que Fortaleza e Ceará façam contratações nos mesmos níveis dos chamados times grandes do futebol brasileiro. Os times reservas, dos chamados grandes, conseguem manter basicamente o nível de produção dos titulares.
Um caso concreto: o Ceará com Dieguinho é um. Sem ele, é outro bem diferente. Sua ausência provoca visível queda de produção. Não era para ser assim.
Reflexão
Passada a fase aguda das farpas entre Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, e Eduardo Girão, senador da República, chegou a hora do repensar. A meu juízo, Marcelo e Girão são pessoas do bem. Certamente, já concluíram que tais discussões poderiam ter sido evitadas.
Impulsos
Por incrível que pareça, até as pessoas mais experientes correm o risco de atos intempestivos. As circunstâncias negativas contribuem para as exacerbações. Se o Leão estivesse vencendo, as farpas não teriam acontecido. Os ímpetos, ao contrário do que muitos pensam, não são exclusivos dos mais jovens.
Interação
Os desentendimentos no Pici tiraram do Leão a parte mais saudável: a harmonia interna. Pior ainda quando a discussão provocou uma rachadura nas “placas tectônicas”. Queira Deus que os protagonistas não voltem à cena. Em boca calada não entra mosca.
Inegável
Há fatos que jamais poderão ser removidos da história do Fortaleza: a importância do então presidente do clube, Eduardo Girão, que acabou com os oito anos de sofrimento do Fortaleza na Série C e a sequência vitoriosa de Marcelo Paz, desde a contratação de Ceni à subida para a Série A e para a Libertadores.
Escalação
Na minha avaliação, não há time titular e time reserva no Flamengo. Todos são titulares que se revezam na medida das necessidades do clube. O Flamengo tem um elenco capaz de manter o ritmo e o padrão, independentemente da escalação que é mandada a campo.