Quando se juntam a esperança e a realidade

Leia a coluna de Tom Barros

Legenda: Erick Pulga é o destaque do Ceará.
Foto: Kid Junior/SVM

Lembro da primeira conversa que tive sobre o atacante Erick Pulga. Quem me falou sobre as boas qualidades dele foi a ex-presidente do Atlético-CE, Maria Vieira. Erick esteve lá em 2021. Depois, ele teve passagens por Madureira, Campinense, Maracanã e Ferroviário. Foi no Ferrão que Erick Pulga colocou seu nome na vitrine. Na época, fevereiro de 2023, ele marcou os dois gols do Ferroviário no empate (2 x 2) com o Bahia na Fonte Nova. O garoto tem 23 anos. Não sei bem a razão pela qual esse jogador não foi aproveitado há mais tempo.

Agora tem cumprido muito bem a missão que lhe foi atribuída pelo técnico Vagner Mancini. Além da participação coletiva, tem assinalados belos gols. O de anteontem, no jogo com o Bahia, tem a marca de um talento que sabe o que tem, sabe o que quer e sabe o que pretende. Hoje, algum tempo depois de ter escutado tantos elogios ditos pela senhora Maria Vieira, ex-presidente do Atlético-CE, estou convencido de que Pulga vai abrir novos caminhos por onde certamente desfilará o seu elevado talento. A esperança de outrora virou a realidade de hoje.   

Repercussão 

Quis ouvir do comentarista, Wilton Bezerra, sua opinião sobre a possibilidade de a derrota para o Bahia ter abalado a autoconfiança do Ceará, máxime com relação à participação alvinegra nas semifinais do Campeonato Cearense. Wilton entende que não haverá nenhum comprometimento. Ele levou em conta o fato de o Ceará ter jogado bem, sendo injustiçado no placar. 

Inquietação 

É fato: realmente o Ceará jogou bem contra o Bahia, não merecendo perder o jogo. Concordo. Mas o que gera inquietação é o time sair na frente no placar, mas, pela terceira vez, ceder diante a pressão adversária. Deixa transparecer falta de confiança. Isso é muito ruim. Saber segurar o resultado é uma necessidade. O Ceará não tem sabido fazer isso. 

Camisa 

Meu Deus, o Esporte Clube Bahia, com aquela camisa cor de caixão de anjo, nada tem a ver com a bonita e tradicional camisa tricolor que marca a história do clube nas grandes conquistas. Entendo como falta de respeito à tradição do clube. Lamentavelmente, a modernidade aceita tudo. Aquela camisa do Vasco, sem a faixa transversal, é outro absurdo.  

Birrento 

Podem me chamar de birrento, ultrapassado ou algo assim. Não me incomodo. Mas não consigo silenciar quando vejo uniformes produzidos pela invencionice de uns bobinhos que descaracterizam a tradição dos clubes. Há um limite. Dá para modernizar, embelezar, sem ferir a imagem que os anos consolidaram como manto do clube. 

Dia da mulher 

Nossa homenagem. Mulheres vitoriosas pela luta, pela garra, pela coragem. Mulheres que deram e dão brilho e graça ao esporte. Tita Tavares, Shelda Bedê, Edla Lopes, Rebeca Andrade, Rafaela Silva, Maurren Maggi, Maria Esther Bueno, Marta Vieira, Formiga, Nadia Comaneci, Wilma Rudolph, Paula, Hortência, Fabi Alvim, Jaqueline Silva, Fabiana Claudino, Paula Pequeno, Sheilla Castro, Thaisa...



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