Há momentos em que não me apego ao que houve no transcorrer dos jogos, mas aos resultados. Talvez as más línguas aproveitem para dizer que sou um comentarista de resultados. Não é bem assim. Vejo a produção e analiso, mas vejo também a importância do resultado. Ora, no caso da classificação do Fortaleza na Bombonera, optei por enaltecer o resultado. Claro que não gostei da produção do Leão. O primeiro tempo foi ruim. Nenhuma bola perigosa em conclusão para o gol dos argentinos. Horrível. Na fase final, veio o gol de Cavani logo aos dez minutos. Mais pressão.
O Fortaleza seguiu atrás. Apostou no que se convencionou chamar de bola perdida, mas que, na verdade, é uma bola achada. E quem a achou, em um contra-ataque mortal, foi Kervin. O gol do empate, da classificação. Além disso, o direito de decidir em casa, no Castelão, diante do Trinidense, o primeiro lugar do grupo. Quem quiser se detenha apenas na produção das equipes. O pensamento é livre. Só sei que, ganhar uma classificação diante do Boca em plena Bombonera é motivo de comemoração, sim. O resto é preciosismo.
Sequência
O Ceará está a apenas um ponto do tão desejado G-4. A vitória sobre o Amazonas, além de ser a segunda consecutiva, mostrou a volta positiva de Erick Pulga, que faz a diferença no ataque alvinegro. Agora vai para o desafio direto diante de dois times do Paraná e um de Santa Catarina.
Na fila
O Vozão (6º) enfrenta o Operário (7º) em Ponta Grossa, domingo próximo. Depois, no Castelão, enfrentará a Chapecoense (8º). Na rodada seguinte, também no Castelão, enfrentará o Coritiba (10º). Portanto, são disputas diretas. Ceará e Operário têm o mesmo número de pontos, oito. O Coritiba tem sete. O momento é bom para chegar ao G-4.
O gol
Kervin Mario Andrade Navarro, 19 anos de idade, nascido em Puerto Ordaz, Ciudad Guayana, Venezuela, está numa fase esplendorosa. Interessante, tem por berço um país no qual o esporte preferido é o beisebol. Depois é que aparecem o basquete, futebol, voleibol e automobilismo. Tem muito talento o rapaz,
Luto
Em dois dias, perdas de notáveis profissionais da comunicação: Washington Rodrigues, Sílvio Luiz e Antero Greco. Nestas minhas coberturas de Copa do Mundo e narrações que fiz pelo Brasil e pelo exterior, conheci dois deles: Washington Rodrigues (o Apolinho) e Sílvio Luiz, o narrador dos bordões. Deixaram a marca de seus talentos. Vida que segue.
Saudade
Diante desse luto, fui tocado pela saudade de profissionais brilhantes, com os quais dividi emoções anos a fio no rádio esportivo: Afrânio Peixoto, Paulino Rocha, Sérgio Pinheiro, Carlos Fred, Wilson Machado, Jurandir Mitoso, Carlos Alberto, José Tosta, Bonifácio de Almeida, José Cabral, José Monteiro, José Santana...Como a vida passa rápido.