Pressa na retomada do Ceará

Confira a coluna desta quarta-feira (25)

Legenda: O Ceará perdeu o Clássico da Paz no último domingo
Foto: KID JUNIOR / SVM

A bela vitória do Ferroviário sobre o Ceará (3 x 0) pode ser vista sob dois aspectos em Porangabuçu: o negativo, porque revelou senões que permanecem atormentando a equipe, e o positivo, porque obriga o alto comando do Ceará a ser mais ágil na busca de soluções. Ainda estamos em janeiro. Portanto, há tempo suficiente para fazer as devidas correções. A diretoria tem que levar a sério o recado que lhe foi passado domingo no PV. Será que o elenco atual está à altura dos desafios do Campeonato Cearense, da Copa do Nordeste e da Série B? É preciso que fique bem claro: a prioridade do Ceará necessariamente será o seu retorno à primeira divisão do futebol brasileiro. De nada adiantarão outras conquistas, se o time não subir para a Série A 2024. O presidente Robinson de Castro ainda experimentará todo tipo de pressão, enquanto não houver resultados satisfatórios em campo. Uma coisa está diretamente ligada à outra. Resultados bons são sinônimos de ovação. Resultados maus são sinônimos de protestos. A atual fase de transição tem tempo indeterminado. Mas não poderá se alongar demais. Por enquanto, Robinson está se segurando como pode. Só Deus sabe até quando... 

 

Política 

 

Em todo clube de futebol há interesses internos e externos ou interesses políticos. A luta pelo poder acontece em todos os níveis. Às vezes, no campo da lealdade. Às vezes, nem tanto. Pode também descambar para as baixarias. Quando o nível da disputa baixa, é ruim para o clube. Quando a disputa se estabelece em alto nível, a solução se torna mais viável. 

 

Postura 

 

Fazer oposição requer equilíbrio e competência. Oposição forte não desce aos ataques pessoais ou às agressões descabidas. Apoia-se na transparência dos números verdadeiros, que fazem implodir os argumentos da situação. Oposição séria mostra dados estatísticos irrefutáveis, que levam ao descrédito os detentores do poder no clube. E assim, pela decência, acontece a mudança. 

 

Bastidores 

 

Não é do meu feitio descer aos subterrâneos dos clubes de futebol. Melhor assim. Prefiro contemplá-los na beleza de suas presenças em campo, na pureza de suas propostas legítimas, nas emoções dos estádios lotados e nas lindas festas de suas conquistas. A grandeza externa nem sempre corresponde ao que acontece nos bastidores.  

 

Encanto 

 

Conheço amigos que perderam o gosto pelo esporte, quando mergulharam no submundo dos interesses futebolísticos. Para manter o encanto, apego-me à arte que está acima das tramoias. A arte dos jogadores notáveis, que, longe dos conchavos, ornamentam os campos de futebol com dribles, passes e gols geniais. É o futebol que me interessa. 

 

Raposas 

 

Há alguns anos, eu só ouvia falar nas velhas raposas do futebol. Um tipo abominável de gente que deixou herdeiros. Hoje, essa raça parece em extinção. Mas ainda existem alguns nos comandos de entidades esportivas. Por que o apelido de raposa? Vejam só: porque a raposa é tida como a personificação da falsidade e da trapaça. Meu Deus...    

Este conteúdo é útil para você?


Assuntos Relacionados