Os críticos dos certames estaduais apontam como causa principal de suas desfavoráveis opiniões o fato de tais competições serem deficitárias em todos os aspectos. Ora, é evidente que duas competições paralelas conduzem a um maior interesse pela de qualificação mais apurada. No próximo fim de semana, o Campeonato Cearense já terá a concorrência da Copa do Nordeste. Um absurdo. Mas é assim que a banda toca. Se a competição estadual não tivesse concorrentes tão fortes, certamente alcançaria resultados financeiros positivos. É preciso também levar em consideração a capacidade aquisitiva dos torcedores. Antes de decidir sobre as ofertas, cada um seleciona o jogo de maior significação. Os tempos não permitem gastos exagerados. As limitações financeiras também obrigam o torcedor fazer opções. Entra ano, sai ano, e a cantilena é a mesma: os certames estaduais vão sucumbir. Não sucumbem. No ano seguinte, lá eles surgem outra vez. Duram pouco: só três meses. Mas duram. Viram debates sobre extinção, mas não acabam. E assim vão cumprindo o que está posto no calendário. Há mais de um século, os campeonatos estaduais estão aí. E, pelo visto, não é preciso dizer mais nada.
Menção especial
Fiquei emocionado ao ler o que o jornalista Sílvio Carlos, eterno “papa” do amadorismo, disse sobre a minha vida profissional. Obrigado, Sílvio. Trabalhamos juntos no Diário do Nordeste. Sílvio tem uma bela história no futebol cearense. Foi o presidente do Fortaleza nos títulos de campeão cearense de 1982 e 1987. Sílvio esteve doente, internado, mas já está em casa. Graças a Deus.
Torcida
O crescimento da torcida do Fortaleza se deve muito ao que Sílvio Carlos pregou nas décadas de 1970 e 1980. Visitava escolas públicas e privadas, dando palestras e distribuindo kits com motivações tricolores como camisas, bolas, flâmulas, cadernos. Como o slogan era o “Clube da Garotada”, o envolvimento das crianças foi um forte apelo ao engajamento de muitas delas nas fileiras tricolores.
Floresta
Hoje, às 21:45, em Santo André, o Floresta enfrenta o poderoso Palmeiras, jogo válido pelas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Louvável a campanha do Floresta, com ótimo desempenho de todo o grupo. Mas faço questão de destacar a bela atuação do goleiro Wilderk na classificação sobre o Athletico-PR e o seguro comando do técnico Raimundo Wágner.
Trajetória
O técnico do Floresta, Raimundo Wágner, tem feito trabalhos convincentes no futebol cearense. Já comandou o Quixadá, Alto Santo, Guarani-J, Atlético Cearense, Iguatu e Pacajus. É a terceira vez que ele comanda o Floresta. Tem os títulos de campeão da Taça dos Campeões, campeão da segunda divisão cearense, campeão da Copa Fares Lopes e campeão cearense da terceira divisão.
Campeão
Em 2001, o técnico cearense, Marcelo Vilar, foi campeão da Taça São Paulo de Futebol Júnior, mas não no comando de um time cearense. Na época, Marcelo comandava o Roma Barueri (atual Grêmio Barueri). Esse sucesso o levou depois, em 2006, a treinar o poderoso Palmeiras. Em 1997, Marcelo foi campeão cearense, treinando o Ceará.
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