Os pênaltis, o VAR e outros troços
Leia a Coluna desta terça-feira (12)
Nunca vi tanta idiotice nos campos de futebol. Na arbitragem, então, meu Deus... Mil vezes voltar aos tempos áureos de Leandro Serpa, Gilberto Ferreira, Joaquim Gregório, José Tosta, Louralber Monteiro, Raimundo da Cunha Rola (Rolinha) e Luiz Vieira Vilanova, que não precisavam de VAR para decidir certo.
Estas mal traçadas linhas do VAR não me convencem. A participação do VAR, não raro, mais confunde do que elucida. Mais deixa dúvidas do que define. Mais embaralha do que esclarece. A máquina, que se dizia perfeita, não mostra a sua perfeição. Pelo contrário: é tão imperfeita quanto os seus operadores.
Dentre as idiotices que tenho visto nos campos de futebol, uma delas foi a que acabou com a diferença entre bola na mão e mão na bola. Deixou de lado a intenção do atleta. O futebol é o único esporte que desavergonhadamente pune atletas inocentes. Pênaltis absurdos são marcados. E todos engolem.
As “sumidades” da arbitragem de hoje inventam tudo para marcar um pênalti. O braço tem de estar colado ao corpo, pois, caso contrário, o atleta ampliará seu espaço. E assim, se na área a bola tocar no braço do jogador, é pênalti. Ridículo!
Mão
Antigamente, o pênalti era marcado apenas quando intencionalmente o atleta, na área, tocava com a mão na bola, visando a tirar disso algum proveito. Pronto. Simples. O árbitro examinava se o toque da mão tinha sido voluntário. E decidia. Vejam os elementos para caracterizar o pênalti: a mão, o toque e a intenção.
Ampliação
No futebol, a anatomia foi modificada. Mão passou a ser também braço e antebraço. Não digo que isso é palhaçada em respeito aos profissionais que, no circo, fazem humor para crianças e adultos. Mas, a rigor, esta ampliação, inventada por integrantes da Internacional Board da FIFA, é o cúmulo da absurdidade.
Silêncio
Estranho a aceitação pacífica dessas aberrações, ou seja, das mudanças absurdas impostas pela FIFA no tocante às arbitragens. O silêncio de clubes, federações e confederações. Não há um movimento internacional para rever posições e decisões que são questionadas apenas de forma isolada.
Equilíbrio
Há outro ponto a ser analisado: o equilíbrio dos zagueiros. Para evitar a surpresa de a bola tocar involuntariamente na mão, braço ou antebraço, os zagueiros, na área, correm com os braços para trás, comprometendo o equilíbrio. Isso facilita a vida dos atacantes e põe em desvantagem os marcadores. É revoltante.
Protesto
Deixo aqui registrado o meu protesto contra esses absurdos. Certamente, uma voz no deserto. Talvez algum dia, quem sabe, haja uma revolta contra tal estado de coisas. Os dirigentes saiam da pusilanimidade e passem a exigir uma revisão geral nos distorcidos ditames ora estabelecidos.