O que esperar do segundo Clássico da Paz

Confira a Coluna desta terça-feira (31)

Legenda: Ceará e Ferroviário farão o segundo Clássico da Paz de 2023 nesta terça-feira
Foto: KID JUNIOR

Faz oito dias que Ferroviário e Ceará estrearam pela Copa do Nordeste. Foi o primeiro clássico do ano, o “Clássico da Paz”. Surpreendente foi a goleada aplicada pelo Ferrão: 3 a 0. Hoje haverá uma espécie de revanche, mas pelo Campeonato Cearense. O cenário será o mesmo, o Estádio Presidente Vargas. As circunstâncias também serão as mesmas. Os mesmos atores. O que esperar, então, de um clássico assim? Resposta simples: tudo. Pode ser uma partida inesquecível, de lances monumentais e muitos gols, mas pode ser também um jogo insosso, inodoro, sem graça e sem gols. Um dos fatores mais importantes de um clássico é a imprevisibilidade. Quem, por exemplo, poderia imaginar que o Ferroviária aplicaria a goleada que aplicou, quando do jogo passado? Assim também não há como prever o que possa acontecer logo mais no PV. O destaque da vitória coral foi o veterano atacante Ciel, autor de dois gols dos três gols. Há que se destacar também a ótima atuação do goleiro coral, Douglas Dias. O Ceará esteve numa jornada de pouca inspiração. Em decorrência, ampliou a crise que se arrasta desde o rebaixamento para a Série B nacional, acontecido no ano passado. 

 

Depois 

 

Está difícil um prognóstico seguro, haja vista as oscilações das duas equipes. O Ferroviário, por exemplo, após a bela vitória sobre o Ceará, perdeu em casa, no Estádio Elzir Cabral, para a equipe do Atlético-CE (0 x 1). E, no jogo seguinte, passou apertado pelo Caucaia, ganhando de virada por 2 a 1, com gol e assistência de Ciel. Olha de novo aí a importância do veterano atleta.  

 

Vaias 

 

O Ceará também passou sufoco. Ganhou do Maracanã no PV, mas experimentou grande desconforto. Saiu atrás no placar. A torcida passou a vaiar o time, que desonerou mesmo. Somente após a entrada de Jean Carlos o Vozão se acertou. Janderson empatou (1 x 1) e o próprio Jean Carlos, com um golaço, virou o jogo para 2 a 1. Mesmo assim, a torcida ficou insatisfeita. 

 

Crise 

 

A situação do Ceará é de incerteza, já pela crise política que se instalou no clube. A pressão de segmentos sobre o presidente Robinson de Castro tem gerado fortes protestos. Não sei se esta instabilidade no alto comando tem levado inquietações ao elenco. É possível que sim. Não há como separar uma coisa da outra. 

 

Acontece 

 

Como é que um time da qualidade do Fortaleza, integrante da Série A nacional, tem dificuldades para ganhar de um modesto e humilde Barbalha? Aliás, um Barbalha que fora goleado pelo Ferroviário (4 x 0) e perdera do Maracanã (1 x 0)? Futebol é assim mesmo. Não tem explicação. Acontece. O Barbalha foi bravo. 

 

Diferença 

 

Verdade seja dita: uma coisa é o Fortaleza com Pikachu e Thiago Galhardo. Outra coisa, bem diferente, é o Fortaleza sem esses dois talentos profissionais. Sim, por falar em qualidade, faço uma referência especial ao jovem Sammuel, que marcou o seu primeiro gol como profissional do tricolor. Ele tem talento. Vojvoda, certamente, saberá utilizá-lo da melhor maneira possível.  



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