O mais lindo sorriso do esporte brasileiro em 2024

Leia a Coluna desta segunda-feira (30)

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(Atualizado às 15:17)
Legenda: Rebeca Andrade foi a atleta do ano do Brasil pelas medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Paris
Foto: A.RICARDO / Shutterstock

Não entendo as regras da ginástica olímpica. Mas sempre me encantou ver aquelas meninas fantásticas, fazendo mil acrobacias nas diversas modalidades (solo, trave, cavalo, barras assimétricas). Passei a acompanhar desde 1976, quando a romena Nadia Comaneci, com apenas 14 anos, em Montreal, assombrou o mundo. 

Hoje, dedico este comentário à ginasta brasileira Rebeca Andrade, bicampeã olímpica. Já na Olimpíada de 2020, em Tóquio, Rebeca foi ouro no salto e prata no individual geral. Em 2024, na Olimpíada de Paris, ela foi ouro no solo, prata no individual geral, prata no salto e bronze por equipe (quatro medalhas). 

Rebeca é a maior medalhista olímpica do Brasil, com seis medalhas (duas de ouro, três de prata e uma de bronze). Para mim, ela é o maior nome de 2024, acima de todos os demais atletas, inclusive muito acima dos badalados atletas do futebol. Rebeca é um exemplo para todas as gerações. 

A meu juízo, a imagem que marcou o esporte brasileiro em 2024 foi o meigo sorriso da Rebeca, após um momento sublime no solo. Seu sorriso, antes do término da prova, traduziu a certeza de que ganharia o ouro. Ganhou. 

 

Mais bonito 

 

O lindo sorriso da Rebeca, pouco antes do término do solo, foi a expressão perfeita da convicção de quem acabara de realizar uma obra impecável, incomparável, inalcançável por outras concorrentes, inclusive Simone Biles. Aquele sorriso foi mais ouro que a própria medalha. 

 

Tradução 

 

Mesmo antes do fim da prova, o sorriso espontâneo, aberto, puro, dizia ao mundo que nada melhor poderia ser feito pelas demais competidoras. Um sorriso que indicava a perfeição até nos movimentos mais radicais. Um sorriso sinônimo de segurança, convicção, força mental, nervos de aço.  

 

Outras imagens 

Tivemos outros momentos emocionantes no esporte brasileiro. A conquista da Copa Libertadores pelo Botafogo diante do Atlético-MG em Buenos Aires. Uma disputa dramática, já que atuou com um jogador a menos desde o primeiro minuto. E o título de campeão brasileiro da Série A, no Engenhão, ao vencer o São Paulo. 

 

Melhor do mundo 

 

Marcou muito também a conquista do brasileiro Vini Jr, do Real Madrid, eleito pela FIFA como o melhor jogador de futebol do mundo. Foi emocionante a entrega do prêmio, máxime quando ele lembrou a sua infância difícil em São Gonçalo, onde descalço jogava bola. Vini Jr, notável vencedor. 

 

Conclusão 

 

Mesmo diante de tantas imagens bonitas, diante de tantas conquistas, comemorações e troféus, nada mexeu mais comigo do que o belo e extraordinário sorriso da Rebeca, pouco antes de fechar a prova do solo em Paris. Um sorriso mais ouro do que a própria medalha de ouro que logo depois ela recebeu.  

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