O jeito cearense de fazer futebol

Leia a coluna desta segunda-feira

Legenda: Taça do Campeonato Cearense.
Foto: Divulgação/FCF

Faltam apenas seis dias para a bola rolar pelo campeonato estadual. Para alguns dirigentes, uma competição que já deveria ter sido extinta porque deficitária em tudo. Para outros, um certame que poderia ser revitalizado, visando à retomada do interesse do público, mediante promoções paralelas. Fico com essa segunda parte. O Campeonato Cearense tem seus encantos. Precisa ser redescoberto na sua essência e nos seus valores, que foram deixados de lado. Há alguns anos, o Torneio Intermunicipal, promovido pela APCDEC, era revelador de bons jogadores. Muitos craques vieram de seleções do interior para brilhar nos grandes times da capital.

Então, a FCF, inspirada na interiorização posta em prática com sucesso em São Paulo, tentou seguir o mesmo caminho. Lamentavelmente não deu certo. Mas houve momentos bons. Assim, chegaram à Série A cearense Quixadá, Sobral, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Iguatu, Itapagé, Uruburetama, Trairi, Boa Viagem, Russas, Itapipoca, Barbalha, Crato e Crateús. Neste 2023, do interior participarão apenas Barbalha, Iguatu e Guarani-J. A Região Metropolitana será representada por Pacajus, Maracanã e Caucaia. 

Tradicional 

Não se pode admitir uma cidade como Sobral fora da primeira divisão cearense. Sobral é um dos mais importantes municípios do Estado. O Guarany de Sobral tem um título de campeão brasileiro da Série D. Foi vice-campeão cearense em 2013. Teve seus melhores momentos, quando presidido por Luís Melo Torquato.  

Tradicional II 

Outro time que não poderia ficar fora da Série A cearense é o Icasa. O Verdão foi o time do interior que mais vezes chegou à decisão do título estadual. Foi vice-campeão cearense cinco vezes (1993, 1995, 2005, 2007 e 2008). Tem um título de campeão (1992), mas naquela decisão administrativa da FCF que proclamou quatro campeões: Icasa, Ceará, Fortaleza e Tiradentes. 

História 

O Maguari foi um time que conquistou o título de campeão cearense em 1929, 1936, 1943 e 1944. E vice-campeão sete vezes: 1928, 1930, 1932, 1935, 1937, 1938 e 1945. Chegou a ser uma das maiores forças do futebol cearense. Extinto em 1945. Voltou em 1972, mas fechou as portas em 1975. Seu último presidente foi José Leite Jucá, desportista muito querido na nossa cidade. 

Extintos 

Times campeões cearenses que já foram extintos: Orion, campeão em 1930; América, campeão em 1935 e 1966; Tramways, campeão em 1940; Calouros do Ar, campeão em 1955; e o Gentilândia, campeão em 1956. Houve um time chamado Usina Ceará, que foi vice-campeão cearense em 1956, 1957, 1961 e 1962. Foi extinto em 1964. 

Existência 

Alguns times clubes que já disputaram o certame estadual e que os torcedores de hoje nem ouviram falar. São os seguintes: Bangu (1920), Botafogo (1921), Guarani de Fortaleza (1922), Fluminense (1927), Estrela do Mar (1939) e Peñarol de Fortaleza (1939). Portanto, três times com nomes de equipes do Rio de Janeiro já disputaram o Campeonato Cearense: Bangu, Botafogo e Fluminense.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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