O Botafogo não é fogo de palha

Leia a coluna de Tom Barros

Legenda: Leia a coluna de Tom Barros.
Foto: Vítor Silva/Botafogo

A sensação do campeonato é o time da Estrela Solitária. Não estava na conta de ninguém, principalmente do Palmeiras, a vantagem que o alvinegro carioca conseguiu impor sobre os concorrentes. Tem 12 pontos sobre o vice-líder, o Flamengo, e também 12 pontos sobre o Palmeiras, terceiro colocado. No começo, os especialistas diziam que era fogo de palha. Hoje, os próprios cronistas estão fazendo uma revisão de conceitos. O Botafogo mudou de treinador. Saiu o português Luís Castro. Entrou o português Bruno Lage. Está dando certo.

Já o Vasco da Gama, que tem o nome do heroico português, tem o argentino Ramón Díaz no comando. Lamentavelmente, o Vasco é lanterna. Como dói vê-lo na última colocação da Série A, candidato ao rebaixamento. Surpresa está sendo a incrível reação do Cuiabá. São quatro vitórias e um empate em cinco jogos seguidos (13 pontos), com vitórias sobre times importantes. Ganhou do Santos por 3 a 1, do Fortaleza por 1 a 0, do São Paulo por 2 a 1 e do Internacional por 2 a 1. Já agora mira uma vaga na Libertadores. Domingo, na Arena Pantanal, recebe o Flamengo. A capital do Mato Grosso viverá um momento especial. 

Caracterização 

Quando comecei a trabalhar na Rádio Uirapuru, em 1965, fazia “pista”, ou seja, a complementação dos lances narrados pelos locutores. Em caso de dúvidas, os narradores consultavam os “pistas”. Na época, a infração decorrente do toque da bola na mão só ficava caracterizada se houvesse a intenção do atleta. Havia a diferença entre mão na bola e bola na mão. 

Mão 

Importante: a mão era somente a mão. Hoje, os sábios da arbitragem mundial resolveram ampliar. No futebol, a mão passou a ser mão, antebraço e braço, independentemente da intenção do atleta. Isso tem gerado os maiores absurdos, erros gritantes e injustiças. O que mais me impressiona é a aceitação de todos. Não vejo um repúdio coletivo por parte dos clubes. 

Intenção 

Se o jogador tocasse com a mão (nada de antebraço e braço) na bola, caberia ao árbitro observar se houvera ou não a intenção, ou seja, a vontade deliberada de o atleta tirar proveito disso. A intenção era que definia. Agora resolveram complicar tanto que nem mesmo com o VAR estão encontrando uma solução.   

Absurdo 

A anulação do golaço de Guilherme Bissoli no jogo do Ceará diante do Guarani foi um absurdo. Em campo, o árbitro Dyorgines de Andrade, próximo ao lance, confirmou o gol. O VAR sugeriu a anulação, alegando toque de mão de Bissoli. As imagens liberadas pelo VAR não permitem concluir se houve ou não o toque. Como e por qual razão o senhor Dyorgines anulou o gol. Um absurdo. 

Conclusão 

A “mão”, na interpretação da arbitragem de hoje, é uma aberração inventada por um tolo da arbitragem da Fifa, confirmada pelos tolos do mundo. Está na hora de uma reação contundente. É preciso uma urgente revisão nos atuais conceitos. A não ser que esses tolos encontrem uma maneira de os jogadores atuarem sem os braços. É muita imbecilidade na arbitragem. 

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