No returno a margem de erro é quase zero

Leia a coluna deste sábado (16)

Escrito por
Tom Barros tom.barros@svm.com.br
Legenda: Ceará e Fortaleza terão desafios maiores no returno, começando neste sábado
Foto: KID JUNIOR / SVM

Pode ser um exagero, de minha parte, admitir uma margem tão reduzida no tocante aos erros no returno. Mas, com isso, quero apenas expressar a cruel realidade aos que negligenciaram e perderam valiosas chances na primeira fase da competição. Quem acumulou pontos ficará mais tranquilo. 

A preocupação principal é com a situação do Fortaleza. Em 18 jogos, fez apenas 15 pontos. E sofreu goleadas humilhantes: 0 x 5 diante do Flamengo e 5 x 0 diante do Botafogo. Algumas extravagâncias não cabem na conta de um time brioso, que tem como tradição na sua história a bandeira da luta. 

Muitos me perguntam se dá para o Fortaleza sair da zona. É difícil uma resposta. Nesta altura das agonias, certamente nem mesmo o técnico Renato Paiva terá uma posição imediata. O time perdeu o que de melhor havia no conjunto: a confiança, a altivez, a convicção de vitória em qualquer parada. 

Ponto perdido no returno é irrecuperável. Vai embora na enchente dos descaminhos. Não volta mais. Daí, a necessidade de subir a aposta: tudo ou nada? Tudo. No returno, com exagero ou não de minha parte, a margem de erro é quase zero.  

 

Contratações 

 

A expectativa agora gira em torno dos novos nomes. No Ceará Vina, Rodriguinho, Paulo Baya e Zanocelo. No Fortaleza, Pierre e Yeison Gusmán. São esperanças para alvinegros e tricolores. A resposta em campo terá de ser imediata. No returno, é chegar e entrar em campo.  

 

Serviço 

 

Quem chega no returno já sabe que os desafios são imediatos. É pegar o bonde andando. E todo cuidado para não cair. Assim, no Leão já entraram nas disputas Herrera, Bareiro, Helton Leite e Vinícius Silvestre. O processo de adaptação tem de ser relâmpago. Logo nos primeiros jogos todos têm de mostrar serviço.  

 

Resposta 

 

Muito da boa campanha do Ceará se deve ao trabalho positivo de Marllon, Willian Machado, Dieguinho, Lourenço e Galeano, que estão em ótima fase. Os outros podem render mais, embora já sejam igualmente importantes as suas contribuições. O grupo vai no embalo 

 

Saudade 

 

O veterano atacante Ciel deixou o Ferroviário. Seguiu para o futebol alagoano, onde já esteve em 2019, quando atuou pelo Asa de Arapiraca. Ciel é um raro exemplo de longevidade. Desafia o tempo. Pelo visto, a continuar assim, chegará inteiro aos 50 anos de idade, em plena forma. 

 

Recorde 

 

O jogador mais velho do mundo, em atividade profissional, é Kazuyoshi Miura, o Kazu, de 58 anos de idade. Atua no Atlético Suzuka Clube, da quarta divisão japonesa. Apesar de ser japonês, Miura começou a sua carreira no Santos, em São Paulo. Dificilmente este recorde mundial, registrado no Guinness Book, será quebrado 

 

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