Meus 60 anos de rádio
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Um misto de alegria e de saudade. Há sessenta anos, exatamente no dia 1º de setembro de 1965, o diretor da Rádio Uirapuru de Fortaleza, querido e saudoso Afrânio Peixoto, assinou a minha carteira profissional. Foi com muita emoção que assim comecei a minha vida de locutor de rádio.
Faz seis décadas, mas lembro como se fosse hoje. Eu tinha 18 anos, aluno do Liceu do Ceará. Não havia Curso de Comunicação. Com meus medos, a coragem e a cara, subi a escadinha do prédio que fica Rua Clarindo de Queiroz com General Sampaio. Subi em busca de um sonho.
Agradeço a Deus e à Virgem Maria a longa jornada. Lamento não haver espaço na coluna para registrar os nomes de tantas pessoas que me ensinaram, corrigiram e, com críticas construtivas, apontaram os bons caminhos do jornalismo sério, imparcial. Também as que me incentivaram com palavras doces e elogiosas.
Dos 60 anos de rádio, 43 na Rádio Verdes Mares. A minha casa. O meu ninho. O meu aconchego. Comecei a trabalhar na Verdinha no final de 1981 como freelancer. Em 1983, oficializei a vinda definitiva. E aqui estou. Feliz. Muito feliz.
Meu vizinho
Em 1964, Jubemar Aguiar, meu vizinho, perguntou ao meu pai quem estava cantando. Pediu para falar comigo. Disse que meu destino era o rádio. Levou-me para conhecer o estúdio da Rádio Dragão do Mar, onde ele trabalhava. A magia do estúdio traçou a minha vida. Ao saudoso Jubemar, a gratidão por tudo.
Primeiros tempos
Na Uirapuru, do querido José Pessoa de Araújo, meu primeiro patrão, o aprendizado. Júlio Sales me ensinou tudo de transmissão de futebol. Saudoso Julinho. E o notável Cid Carvalho abriu para mim as portas do jornalismo em todas as dimensões. Nestes dois companheiros, o agradecimento extensivo aos demais que me apoiaram.
Universidade
Na Rádio Dragão do Mar, do general Almir Macedo de Mesquita, novas conquistas. Daí fui para a Rede Tupi. Para mim, uma Universidade: Ceará Rádio Clube, TV Ceará - Canal 2, jornais Correio do Ceará e Unitário. Lá encontrei o mestre Manuel Eduardo Pinheiro Campos. Fui editor, apresentador, diretor. Inesquecível Manuelito.
SVM
Dos dirigentes de ontem, Mansueto Barbosa e Edilmar Norões, aos de hoje, Ruy do Ceará Filho e Gustavo Bortoli, a convivência com várias gerações. E a alegria ao receber dos dirigentes e colaboradores, carinho, compreensão e respeito. Agradeço a Deus a reverência destes irmãos de labor e de ideal. Combustível que me alimenta.
Experiência
De cada lugar onde trabalhei, nestes 60 anos, Rádios Uirapuru e Dragão do Mar, Rede Tupi, TVE (hoje TVC) e SVM, trago um mundo de recordações e de saudade. Colegas que já partiram. Colegas que estão em outras frentes. Aqui estou, com meus medos, coragem e a cara, do jeito que comecei em 1965. A todos, a minha eterna gratidão.