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Redação producaodiario@svm.com.br
Legenda: Rogério
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"O Ceará não cai"

O técnico Vagner Mancini foi incisivo após a goleada sofrida diante do Botafogo (4 x 0): "O Ceará não cai", disse. Queira Deus. Mas as preocupações começam a crescer. Ontem, o Vozão sentiu o golpe do gol de Herrera logo aos cinco minutos. Pior ainda: a expulsão de Fabrício aos 43 do primeiro tempo. Se completo já seria difícil segurar o Bota no Engenhão, imaginem com um jogador a menos. Campo aberto para Renato, Maicosuel, Elkeson , Herrera e Loco Abreu fazerem a festa. Se o Bota já era melhor, sua insofismável superioridade se acentuou. A goleada veio por acréscimo. Nítida a dificuldade do Ceará quando quer chegar ao ataque. Concentrar operação ofensiva em Osvaldo facilita a marcação. "O Ceará não cai", diz Mancini. Mas se não encontrar a fórmula ofensiva de que precisa, isso não passará de pura retórica.

Identificação

Rogério novamente em alta no Leão. Aliás, mancada deu que não o prestigiou. Ele sempre produziu melhor futebol do que os que chegaram. Agora, com o novo técnico Júlio Araújo, volta a aposta nos valores de casa que jamais deveriam ter sido renegados: Rogério, Leandro e Guto. Pena ter havido com Gilmak o episódio que gerou insatisfações de parte a parte, com os devidos desdobramentos. Ele certamente seria muito útil nessa tentativa de recompor a identidade perdida.

Razões do técnico

O ceará tentava sair da pressão inicial do Botafogo e já sinalizava com algumas incursões. João Marcos e Eusébio arriscaram conclusões. Tudo se encaminhava para um equilíbrio. Exatamente aí veio o golpe fatal: a expulsão de Fabrício. Tem razão o técnico Mancini: o árbitro Edivaldo Elias da Silva (PR) exagerou na dose. A falta foi cometida por João Marcos. Fabrício merecia admoestação verbal, não o cartão. Teria ele a mesma atitude se o reclamante fosse um atleta do Botafogo? Verdade é que desmoronou aí qualquer poder de reação do Ceará. Tudo o mais que aconteceu decorreu desse erro da arbitragem. Mutilar um time que já está no limite torna-o paraplégico para o resto do jogo. Foi o que aconteceu.

Trabalho em duas frentes

O Icasa encarou o desafio de atuar em duas competições. Embora use time misto na "Fares Lopes" (foi derrotado pelo Guarany/S, 2 x 1), há desgastes. Já amanhã pegará a Ponte Preta no Romeirão. Se não souber dosar as duas participações, põe em risco a mais importante. Marciano tem feito a parte que lhe toca: é o artilheiro da equipe na Série B com quatro gols.

Copa Fares Lopes

O ferroviário precisa dar uma resposta ao torcedor. No jogo passado, quando goleado pelo Horizonte, protagonizou terrível vexame. Verdade que a situação financeira é delicada. Mas uma retomada só acontece com vitórias. Hoje, diante do Guarani de Juazeiro, no PV, o técnico Danilo Augusto terá a oportunidade de mostrar sua intervenção. Ele foi contratado num momento emergencial. E sabe o peso da responsabilidade que assumiu.

Repetir o feito

O time do Horizonte, porque conquistou a Copa Fares Lopes 2010, disputou a Copa do Brasil este ano. E fez festa com a presença do Flamengo de Ronaldinho em Horizonte. Já agora, nas quartas-de-final da "Fares Lopes 2011", meteu 4 a 1 no Ferrão. É líder, com três pontos, superando no saldo de gols o Guarany/S. André Cassaco, Jhony e Renatinho estão lá. A meta é repetir o feito e levar grandes clubes brasileiros a Horizonte na Copa do Brasil 2012.

Recordando

1959. Fortaleza Esporte Clube. A partir da esquerda (em pé): Pinto, Renato, Sanatiel, Célio, Benedito, Mesquita e Antonio Gumercindo. Na mesma ordem (agachados): Zé Raimundo, ? , Haroldo Castelo Branco, Mozart e Salvador. Quem identifica o jogador que está entre Zé Raimundo e Haroldo? Faz tempo não vejo meus amigos Célio, Mesquita e Haroldo Castelo Branco. (Acervo de Elcias Ferreira).