Lições do Mundial de Clubes

Leia a coluna de Tom Barros

Escrito por
Tom Barros producaodiario@svm.com.br
Legenda: PSG vence o Real Madrid por 4 a 0 e garante vaga na final do Mundial de Clubes.
Foto: Foto por TIMOTHY A. CLARY / AFP

Mais uma vez a Europa se mostra imbatível no futebol. Entre as quatro melhores equipes do mundo, três são do velho continente: Real Madrid, PSG e Chelsea. O Fluminense é o outro componente. Times como Flamengo, Palmeiras e Botafogo ficaram pelo caminho. 

O maior poder aquisitivo dos europeus faz a diferença. Os clubes têm condições de contratar os melhores jogadores do mundo. Assim, formam verdadeiras seleções internacionais. Gentes de todos os idiomas, etnias variadas, juntam-se em um único grupo. Times quase imbatíveis. 

Cada vez mais admiro a seleção da Argentina, campeã do mundo na Copa do Catar em 2022. Tinha Emiliano Martínez, Di Maria, Álvarez, De Paul, Fernández, todos em campo sob o comando de Lionel Messi. E, fora de campo, sob o comando de Lionel Scaloni.  

Os argentinos despacharam quatro seleções da Europa: Polônia, Holanda, Croácia e França, então campeã do mundo. O Mundial de Clubes provou mais uma vez que o futebol europeu está bem acima dos demais.  

Técnico 

O Brasil trouxe o técnico italiano, Carlo Ancelotti. Fomos mestres, professores. Hoje somos alunos. Vamos ver o que Ancelotti consegue fazer. Ele tem amplo conhecimento do que há de melhor no Velho Mundo. Humildemente, o futebol brasileiro se rendeu aos europeus. 

Curiosidade 

Apesar de ter perdido o trono, o futebol brasileiro continua sendo o maior exportador de talentos para a Europa. Jovens atletas são levados ainda nos cueiros. E lá prosperam. E por lá ficam anos e anos. Somente retornam aos primeiros sinais do peso da idade. 

Esquisito 

Não consigo entender o motivo pelo qual os jogadores brasileiros brilham na Europa, mas não conseguem praticar o mesmo futebol qualificado, quando estão na Seleção Brasileira. É um fenômeno que precisa ser explicado. Talvez o técnico Ancelotti opere o milagre de fazê-los jogar aqui o mesmo futebol que jogam, quando estão lá. 

Condição física 

Uma coisa ficou clara no Mundial de Clubes: mesmo sob calor elevado, os europeus mantiveram uma pegada maior que a dos times brasileiros. Estão mais preparados fisicamente. Esse detalhe é importante. Uma melhor preparação física da Canarinho será tão fundamental quanto à preparação técnica e tática. 

Expectativa 

Agora é esperar a Copa do Mundo de 2026 nos Estados Unidos, Canadá e México. Tirar a diferença existente a favor dos europeus será um duro desafio. A força física é um componente que tem de ser levado em consideração. Mas que fique bem claro: a arte e a técnica como prioridade. A nossa raiz. A nossa matriz. O nosso DNA.

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