Libertadores: as chances do Fortaleza hoje
Leia a coluna de Tom Barros desta terça-feira (19)
Os contrastes do mundo do futebol são incríveis. O Fortaleza está na zona baixa da Série A, mas também está na maior competição das Américas. O torcedor leonino anda ressabiado. E não é para menos. Há uma espécie de travamento invisível que, de forma inexplicável, tem segurado o Leão.
No jogo de ida, empate sem gols, a qualidade esteve bem abaixo de uma partida pela Libertadores. Fortaleza e Vélez Sarsfield decepcionaram. Hoje, como o confronto define quem segue e quem sai, pode ser que haja uma produção à altura do que se exige para uma disputa internacional.
O segundo tempo do Fortaleza diante do Fluminense no Maracanã foi animador. O time gerou todas as condições para um resultado melhor, a despeito do revés sofrido (2 x 1). Kervin, Bareiro e Pikachu tiveram ótimas oportunidades de gol. Com um pouco mais de capricho, a derrota teria sido evitada.
Jogar em Buenos Aires sempre foi um desafio significativo. Hoje, não será diferente. O Fortaleza, diante de todos os fantasmas, tentará espantá-los de uma só vez. A meu juízo, isso é plenamente possível.
À vontade
O atacante Allanzinho entrou tão bem na derrota para o Fluminense no Maracanã, que parecia estar nos campinhos de racha de sua infância. Lépido e fagueiro, criou boas situações pela direita. Nos seus tempos de Ferrão, Allanzinho também trabalhou com desenvoltura pelo lado esquerdo. Boas opções.
Surpresa incrível
Neste espaço, analiso mais os fatos que envolvem os times cearenses. Só, de forma excepcional, concentro atenções nos demais clubes. Mas não poderia passar sem registro um Vasco como há muitos anos eu não via, ou seja, um Vasco arrasador: 0 x 6 sobre o Santos de Neymar.
Reencontro
Nos últimos tempos, o Vasco tem dado vexames. Afastou-se dos títulos. Sempre está próximo à zona de rebaixamento. Há mais de apreensão que de alegria. Assim, quando acontece uma goleada histórica como a de domingo no Morumbi, nasce a esperança de um reencontro com o passado de glórias.
Expresso da Vitória
Uma goleada assim leva os vascaínos ao passado, mais precisamente ao período de 1944 a 1953, época em encantou o mundo. Por isso mesmo chamado de Expresso da Vitória. Até hoje é conhecido como o maior esquadrão da história cruzmaltina e um dos maiores do futebol brasileiro.
Ídolos
Só espero que não seja fogo de palha. O Vasco, por sua história e tradição, deveria estar na parte alta da classificação. Um time, que teve como ídolos Hideraldo Luiz Bellini e Roberto Dinamite, não pode rastejar entre os que lutam para não cair. Agora é aguardar para ver se foi ou não obra do acaso.