Léo Batista e o Ferroviário
Leia a coluna de Tom Barros

Um nome na história. Pela dignidade. Pela sensatez. Pelo respeito. Léo Batista marcou a televisão brasileira com o selo da dignidade. Por isso, a reverência nacional. O luto nacional. Mais de meio século de trabalho, com a imagem intacta, imaculada. A decência em tudo.
Tive a oportunidade de um papo muito agradável com o Léo Batista. Foi na Assembleia Legislativa do Ceará, quando de uma homenagem que lhe foi prestada. Na ocasião, ele me disse que tinha uma simpatia muito grande pelo Ferroviário. E explicou o motivo.
No tempo da “zebrinha” da loteria esportiva na TV Globo, Léo chamou de “Ferrinho” o nosso “Tubarão”. Logo ele recebeu incontáveis mensagens dos torcedores corais, fazendo a correção: o certo era “Ferrim” e não “Ferrinho”. Depois disso, Léo passou a ter muita atenção, máxime ao notar a presença coral na Loteca.
Quando ele passou a chamar corretamente de “Ferrim”, incontáveis mensagens de parabéns lhe foram enviadas. Então, ele disse: “Passei a gostar do Ferroviário. Tinha sempre interesse de saber se havia vencido ou não, quando seus jogos faziam parte da programação da Loteria Esportiva.
O Brasil perdeu um notável comunicador. Léo Batista merece ser reverenciado por todas as gerações. Sua vida é uma lição de humildade, simplicidade, competência e profissionalismo. O simpatizante do “Ferrim” deixou muita saudade.
Na redação
Léo Batista era muito querido por todos os colegas. Na redação, um ícone. O repórter Victor Hannover, que passou um tempo na TV Globo, conviveu com ele. Ficou impressionado com a simpatia e acolhimento recebido. O Hannover faz questão de ressaltar: “Era um gentleman”.
Vida que segue
A passagem do Léo Batista me fez refletir muito. A vida é rápida demais. Um sopro. A saudade me fez lembrar de companheiros que, há pouco tempo, estavam entre nós: Sérgio Pinheiro, Carlos Fred, Luís Carlos Amaral, Alan Neto, Sebastião Belmino, Itamar Monteiro...
Outro assunto
Sobre a primeira rodada do Campeonato Cearense, não há como tirar conclusões. Quero acreditar que somente depois de quatro ou cinco jogos será possível a formação de um juízo seguro sobre a qualidade de cada equipe. Em matéria de futebol, nem sempre a primeira imagem é a que fica.
Diferença
Costumo conferir as primeiras escalações para compará-las depois com as últimas formações. Geralmente, sofrem muitas alterações. Não me refiro apenas ao Campeonato Cearense, mas também às outras competições. É natural que isso aconteça pelos ajustes necessários.
Copa do Nordeste
Hoje, começa a Copa do Nordeste. Em Maceió, o CSA recebe o Confiança, de Sergipe. Amanhã, em Recife, o Ceará enfrenta o Náutico. Também, amanhã, no PV, o Ferroviário recebe o Sport-PE. O Fortaleza estreia na quinta-feira, no PV, diante do Moto Clube. A Copa do Nordeste é uma outra dimensão a ser observada.