Fortaleza outra vez além da imaginação

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Foto: LC Moreira/SVM

Parece uma fantasia, mas não é. Parece um sonho, mas não é. Será verdade o que está acontecendo? É mesmo o Leão de Aço semifinalista da Copa Sul-Americana? O Fortaleza, da casinha da Rua Júlio César na Gentilândia? O Fortaleza, que há pouco mais de cinco anos estava perambulando pela Série C nacional? Sim, amigos. É o mesmo Fortaleza. Fênix que renasce das cinzas. O Fortaleza é uma lenda, mas é também uma realidade. Uma mistura de ficção e veracidade.

Não dá para descrever em um comentário todas as transformações pelas quais passou e ainda passa o Tricolor de Aço do Pici. Mas tudo isso não vem por acaso. É produto de uma diretoria altamente profissional. Foi no amadorismo que o Fortaleza forjou o elevado sentimento pelas causas do clube. Mas foi no mundo dos negócios que o Fortaleza descobriu a responsabilidade dos grandes desafios. Para vencer em campo é preciso ter uma base sólida na preparação teórica e prática. Há muito a palavra improvisação inexiste no planejamento tricolor. Tudo é calculado e medido. Daí a redução quase a zero dos índices de erro nos trabalhos operacionais do clube. É por isso que tenho dito várias vezes: o Fortaleza é além da imaginação. 

Título 

Será precipitação se falar na conquista do título de campeão da Copa Sul-Americana, antes de passar pela semifinal diante do Corinthians paulista? Claro que é cedo, sim. Primeiro é preciso concentrar atenções na próxima etapa, ou seja, a fase semifinal. Mas é normal que a mente humana anteveja a glória de uma conquista que passou a ser viável. Pensar alto faz parte da vida. 

Por etapas 

Agora o Fortaleza deve concentrar atenções, de acordo com as circunstâncias: ora a semifinal da Sula, ora seus objetivos na Série A. Uma coisa não pode eliminar a outra. Sempre defendi que a prioridade fosse a Série A. Mas agora faço uma revisão de conceito: a Sula cresceu em importância quando o Leão tornou viável a possibilidade de ganhar o título. Um olho no gato, outro no peixe. 

Estreia 

Conheço bem o técnico Vagner Mancini. Como jogador, brilhou no Ceará. Jogava bonito, elegante, competente. Como técnico, inesquecível o título da Copa do Brasil de 2005 que ele conquistou, comandando o Paulista de Jundiaí. Tem agora o desafio de levar o Ceará de volta à elite nacional. Missão quase impossível. Só posso desejar ao Mancini boa sorte. Competência ele tem demais. 

Paciência 

Se não for pedir muito, gostaria que o alto comando do Ceará deixasse o Mancini trabalhar em paz, sem pressões. Se der para subir o Ceará ainda este ano, ótimo. Se não der, siga em frente com um planejamento para 2024. Não dá mais para admitir a mudança de técnico a cada dois meses. Nem time de várzea toma decisões assim. Paciência. Basta de precipitação. 

Ascensão 

Amanhã, às 17:30, no PV, a torcida do Ferroviário terá uma missão especial: marcar presença no jogo decisivo por vaga na fase semifinal, o que também garante a subida coral para a Série C de 2024. O Ferroviário é melhor que o Maranhão. Isso já ficou provado em campo. Mas o mata-mata é traiçoeiro. É preciso ganhar no tempo normal para evitar a loteria dos pênaltis. Todos lá, pois.

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