Sempre contestei aquele pênalti que, logo nos primeiros minutos, mudou o rumo da história do jogo Palmeiras 3 x 0 Fortaleza no Allianz Parque. A incompetência do árbitro Wagner Nascimento Magalhães, corroborada pela incompetência dos componentes do VAR, deixou em desvantagem o Fortaleza, que teve de alterar a estratégia montada para enfrentar o Verdão. O Palmeiras não precisa da ajuda da arbitragem.
Hoje, acontece o jogo de volta. O Palmeiras tem ampla vantagem. O Palmeiras tem o melhor elenco do Brasil. O Palmeiras é o dono da bola. É isso, aquilo e aquilo outro. Casa e batiza. Seu treinador, Abel Ferreira, se acha. E se acha no direito de tomar o celular do repórter. Depois, vê a bobagem, pede desculpa. Não é a primeira vez que extrapola. Abel não precisa desses expedientes. É competente, vitorioso. Ao Fortaleza, como disse o comentarista Wilton Bezerra, cabe entrar como franco atirador, ou seja, entrar sem assombros. Encarar como jogo normal e ver o que pode fazer. A situação é quase irreversível. É ampla demais a vantagem alcançada pelo adversário. Aviso ao árbitro e aos componentes do VAR: o Palmeiras não precisa de ajuda.
Série A
Repito o que tenho dito sempre: prioridade para o Fortaleza tem de ser a Série A. Sábado, o Leão pega o Bahia, no Castelão, às 16 horas. O Bahia está pendurado, apenas uma posição fora da zona de rebaixamento. Por mais paradoxal que pareça, os temores aumentam quando os times cearenses enfrentam equipes que estão em perigo. Fica a advertência.
Mesma situação
Embora em Série diferente, o Ceará também passará por situação semelhante à do Fortaleza: enfrentará a Chapecoense, primeiro time fora da zona de rebaixamento (16ª), com 9 pontos. Na rodada passada, em casa, a Chapecoense perdeu para o Sampaio Corrêa (0 x 1). A derrota gerou uma crise. Repito: temo quando os cearenses enfrentam times que estão em perigo.
Série D
No Grupo 2, a sensação é o Ferroviário, líder, 12 pontos, 100% de aproveitamento. O Atlético-CE é o quarto colocado. Está na zona de classificação. O Caucaia é o vice-lanterna. No Grupo 3, Pacajus vai bem: é vice-líder. O Iguatu vai mal: vice-lanterna. Dos cinco representantes cearenses, dois estão ameaçados: Caucaia e Iguatu. Faltam dez rodadas para terminar a fase de grupos.
Aquele abraço
A disputa interna por posições é normal nos times de futebol. Claro, só onze são titulares. Mas a disputa tem de ser sadia, respeitosa, altamente profissional. O atleta tem de ter humildade na hora de reconhecer que o colega está melhor. Mas observo que isso não é fácil. As vaidades humanas são terríveis.
Exemplo
Um dos grandes exemplos de dignidade nesse tipo de disputa foi o ex-goleiro do Fortaleza, Marcelo Boeck. Na época do técnico Rogério Ceni, Boeck perdeu a posição de titular. Depois de terceiro goleiro. Depois, nem no banco ia. Não reclamou uma vez sequer. O bom cabrito não berra. Belo dia, estava ele de volta como titular. Aposentou-se com muita dignidade.
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