Floresta a caminho da Série B nacional

Leia a Coluna desta terça-feira (2)

Escrito por
Tom Barros tom.barros@svm.com.br
Legenda: O Floresta está na 2ª Fase da Série C e vivo na luta pelo acesso
Foto: Kely Pereira / Floresta EC

Tenho minhas simpatias pelo time da Vila Manoel Sátiro. Além do nome, que tem tudo a ver com a preservação do meio ambiente, há memórias afetivas que me acompanham. Na década de 1960, eu passava férias na Maraponga. Em 1965, vi a inauguração do Estádio Manoel Sátiro. 

No dia 9 de novembro de 1954, Felipe de Lima Santiago fundou o Floresta. Contou com o inestimável apoio da sua esposa, dona Noelzinda Sátiro Santiago. Tinha por objetivo levar atividades recreativas aos moradores das cercanias do sítio onde o casal morava com os filhos Roberto, José Renato e Sílvio.  

Os objetivos de Felipe e Noelzinda foram alcançados. O Floresta passou a ser uma referência nas atividades futebolísticas amadoras, local de atividades esportivas diversas. Hoje, desvinculado da família, o Floresta segue o caminho empresarial e profissional, mas mantém vivo o mesmo e nobre ideal de seu fundador. 

As possibilidades de o Floresta subir para a Série B nacional são viáveis. Continuarei torcendo pelo êxito sempre crescente desta equipe que eu vi nos primeiros tempos, ainda na fase embrionária na década de 1960. 

 

História 

 

O escritor José Renato Sátiro Santiago Jr é autor do livro “Floresta - O Colosso da Vila Manoel Sátiro”. Neto do fundador do Floresta, José Renato faz um relato perfeito do clube, desde às origens. Revela também suas memórias dos tempos em que passou com os avós, Felipe e Noelzinda. Um depoimento pleno de sensibilidade e emoções. 

 

Hoje 

 

O Floresta, hoje, é um clube-empresa que busca suas conquistas no campo profissional. Não tem mais nenhum vínculo com a família que o fundou. Mas guarda, pela própria história original, o compromisso com as grandes realizações. Classificar-se para a Série B é agora o maior objetivo. 

 

Frustração 

 

Pior que a derrota para o Juventude é a ressaca moral de ter pedido a grande oportunidade de faturar mais três pontos em casa, diante de um time que está na zona de rebaixamento. Já disse e repito: perder pontos no segundo turno é terrível porque não tem como recuperá-los. 

 

Apreensão 

 

Cresce a agonia do Fortaleza ante o fantasma do rebaixamento. A derrota diante do Internacional, apesar de esperada, foi mais um duro golpe na esperança de recuperação. Todos estão perdidos, sem rumo, atônitos. Desde os dirigentes aos jogadores.  

 

Culpado 

 

Nesta altura da delicada situação tricolor, não adianta buscar culpado ou culpados. Não resolve. Mais cedo ou mais tarde, a continuar assim, vai sobrar mesmo para o técnico Renato Paiva. O treinador é sempre quem paga, quando as coisas no futebol não dão certo. Vojvoda que o diga.   

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