Faltou pouco, Mengão!
Leia a Coluna desta quinta-feira (18)
A decisão da Copa Intercontinental foi surpreendente e emocionante. A expectativa era de uma vitória francesa, sem sustos. Mas houve sustos, sim. No primeiro tempo, com amplo domínio do jogo e posse de bola, o PSG envolveu o Flamengo e fez 1 a 0, gol de Kvaratskhelia. Mas o Flamengo reagiu no segundo tempo.
O susto para os franceses aconteceu no lance em que Arrascaeta sofreu um pênalti. Jorginho converteu (1 x 1). Depois disso, o Flamengo cresceu e até teve chances de virar com Pedro e Bruno Henrique. Nos minutos finais, Marquinho também perdeu a chance de dar a vitória ao PSG.
Com o empate, veio a prorrogação. Fisicamente, o PSG seguiu melhor. Mas nada mais foi acrescentado. A definição seguiu para as cobranças de pênalti. Lamentavelmente, nesta última parte, o PSG foi melhor. Venceu. Sagrou-se campeão do mundo. Mais uma vez, restou a frustração para o futebol brasileiro.
Só não consigo entender o ridículo regulamento desta Copa Intercontinental, onde um privilegiado PSG entrou, descansado, apenas para fazer o jogo final, enquanto o Flamengo teve de jogar duas vezes antes. Coisas da FIFA.
Inaceitável
Não sei como as entidades do futebol mundial aceitam este regulamento esdrúxulo da Copa Intercontinental. Os times campeões da Europa sempre privilegiados. Um absurdo. O time é campeão do mundo, jogando apenas uma vez. O outro é vice-campeão do mundo, tendo jogado três vezes e não perdido um jogo sequer.
Vitórias
O Flamengo ganhou (2 x 1) do Cruz Azul. Depois, o Flamengo ganhou (2 x 0) do Pyramids. No terceiro jogo, empatou (1 x 1) com o PSG. Empatou também na prorrogação (0 x 0). O Flamengo fez cinco gols e sofreu dois. Apesar disso, o campeão foi o PSG, porque ganhou nos pênaltis.
Seriedade
A Copa Intercontinental, antigamente chamada de Mundial de Clubes, já teve um regulamento sério e justo. A decisão era em dois jogos, um em cada país. Aí, sim, um critério perfeito, irrefutável. O atual é uma piada: o time é proclamado campeão do mundo, sem ganhar um jogo. É campeão porque venceu nos pênaltis. Ridículo.
Notável
Na decisão por pênaltis, o goleiro russo, Safonov, foi o grande nome do jogo. Ele é o goleiro reserva do PSG. Ontem, pegou quatro pênaltis. Incrível. Safonov é frio, calculista. Ele mede 1,91m. Sempre esperou a definição do batedor. Deu-se muito bem. Garantiu o título mundial para o PSG.
Escola
Safonov é seguidor da escola dos grandes goleiros russos. O maior de todos, o melhor do mundo em todos os tempos, foi Lev Yashin, o famoso Aranha Negra, titular da então União Soviética em três Copas do Mundo (1958, 1962 e 1966). O segundo melhor foi Rinat Dasayev. Agora desponta Safonov, de apenas 26 anos.