Botafogo no coração do Brasil e das Américas
Leia a coluna de Tom Barros
O Alvinegro mais campeão do que nunca. Em oito dias, os dois pódios mais importantes de sua história pela forma como aconteceram. No dia 30 de novembro, no Monumental de Núñez, a Libertadores. Dia 8 de dezembro, no Engenhão, o título de campeão do Brasil.
Campeão com todos os méritos. Títulos incontestáveis. De John a Júnior Santos, de Savarino e Luiz Henrique, do presidente John Textor ao técnico Artur Jorge, um só pensamento, um só objetivo, uma só superação, uma só crença. União de espírito e de ideal. Uma só glória.
Antes de ganhar do São Paulo (2 x 1), consolidando o título, o Botafogo teve de superar os traumas de 2023, quando teve uma vantagem de treze pontos sobre os concorrentes, mas sucumbiu. O complexo de inferioridade gerado do fracasso incomodou. Mas desta vez o Botafogo teve a força mental dos grandes campeões.
Quis o destino que a apoteose acontecesse no Estádio Nilton Santos, notável ídolo da geração imortal de Garrincha e Didi. Passado e presente unidos em uma comemoração: Botafogo, melhor do Brasil; Botafogo melhor das Américas.
Campeões
A glória do Botafogo de hoje não pode se limitar ao momento presente. Tem de buscar a construção de outros momentos épicos, de ídolos como Zagallo, Amarildo, Jairzinho, Paulo Valentim e Quarentinha. Também os campeões brasileiros de 1995 como Sérgio Manoel, Donizete e Túlio Maravilha. Uma glória conjunta.
Primeiro título
O Botafogo conquistou seu primeiro título de campeão brasileiro, em 1968, diante do Fortaleza, no Maracanã. Ganhou (4 x 0) com Cao, Moreira, Chiquinho Pastor (Leônidas), Moisés e Valtencir; Carlos Roberto (Nei Conceição) e Afonsinho; Rogério, Roberto, Ferretti e Paulo Cézar. Técnico Zagallo.
Tri no México
Do Botafogo, que ganhou o título brasileiro de 1968 diante do Fortaleza, Afonsinho foi Seleção Brasileira. Roberto e Paulo Cézar foram tri no Mundial de 1970 no México. Roberto jogou contra Inglaterra e Peru. Paulo Cézar jogou contra a Tchecoslováquia, Inglaterra, Romênia e Peru. E Zagallo foi o técnico da Canarinho tri no México.
Leão show
O Fortaleza goleou o Internacional (3 x 0). Uma jornada memorável para fechar o ano como quarto melhor time do Brasil. E poderia ter sido terceiro ou segundo, se não tivesse sido tão prejudicado pelas arbitragens incompetentes. Valeu, Leão. Agora é pensar mais alto ainda para 2025.
Exemplo
Dos times do G-4, o Fortaleza só não foi melhor que o Botafogo: empatou aqui e perdeu no Rio. Diante do Flamengo, o Fortaleza ganhou no Maracanã e empatou aqui. Diante do Palmeiras, ganhou aqui e empatou no Allianz Parque, em um jogo onde foi muito prejudicado pela arbitragem. Tem, pois, todo o direito de ousar mais em 2025.