Avaliação das contratações dos clubes cearenses
Leia a Coluna desta terça-feira (14)
Vários nomes foram divulgados pelos três grandes: Fortaleza, Ceará e Ferroviário. De alguns, vi o currículo. Segundo consta, houve rígido critério na triagem. Isso é bom. Resta agora aguardar o retorno de cada um. Expectativas formadas. Há mesmo uma certa ansiedade.
Tenho dito, repetidas vezes, que toda contratação é uma operação de risco. Há uma série de circunstâncias que precisam ser levadas em consideração: a adaptação do atleta, o relacionamento com o treinador, a interação com o elenco, a possibilidade de lesões.
Faço a minha torcida para que tudo transcorra bem. Que não haja contratempos. Que os contratados possam corresponder às expectativas. Enfim, que haja o retorno na medida do investimento realizado pelos clubes. Todo começo de competição é assim mesmo: esperança acima de tudo.
A verdadeira avaliação somente será possível com a bola rolando. Somente aí ficará mais claro o projeto de cada clube. De forma concreta, bem explícita, o torcedor verá o que cada contratação representa. E seja o que Deus quiser...
Surpresa
Nem sempre o nome mais badalado é o que se estabelece. Não raro, brilha mais o que chega de forma discreta. Há casos de estreia brilhante para um apagar de luzes nas jornadas seguintes. Há jogadores que sentem muito o peso da estreia. Outros dão show justamente na estreia.
Exemplo concreto
O atacante Edil, ídolo do futebol paraense, veio jogar pelo Ceará em 1990. Teve uma auspiciosa estreia. Se não me falha a memória, ele marcou três ou quatro gols na estreia. A torcida do Ceará foi ao delírio. Não sentiu o peso da estreia. Mas, nos jogos seguintes, Edil não correspondeu. Uma decepção.
Vitória de Edil
No Ceará, Edil não deu certo. Mas, em 1991, foi contratado pelo Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. Lá, ele jogou bem. Foi ídolo do Remo e do Paysandu. Também foi ídolo do Confiança de Sergipe. Teve boa passagem no futebol português. Aqui, o encanto não passou da estreia. Mas ele era bom jogador, sim.
Semelhante
Há muitos casos parecidos com o episódio vivido pelo bom atacante Edil. Às vezes, tudo dá certo na estreia, mas depois complica. O inverso também acontece. O atleta joga mal na estreia, mas depois consegue a definitiva afirmação. Então, não julgue nenhuma contratação pelo primeiro jogo. Aguarde um pouco mais.
Tudo pronto
Agora é esperar o início do espetáculo. “Abrem-se as cortinas. Começa o espetáculo, torcida brasileira!”, como dizia o saudoso narrador esportivo Fiori Gigliotti. Futebol é sempre um espetáculo. Ora, de boa qualidade; ora, nem tanto. Mas sempre um espetáculo. No dia 18 de janeiro, começa tudo outra vez.