Avaliação criteriosa evita injustiças

Leia a coluna de Tom Barros

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Tom Barros producaodiario@svm.com.br
Legenda: Leia a coluna de Tom Barros.
Foto: Lazhko Svetlana/Shutterstock

Terminado o Campeonato Brasileiro, é hora de fazer um balanço geral do que aconteceu na temporada futebolística 2025. Quem correspondeu. Quem ficou aquém do esperado. Que deve pegar o beco. Quem deve permanecer. Quem deve arrumas as malas. 

O departamento de futebol de cada clube tem um histórico que pode ajudar na tomada de posição. São dados estatísticos que mostram a participação, o compromisso, o empenho de todos. É preciso muito cuidado na avaliação. Qualquer equívoco pode levar a sérias contradições. 

Dois aspectos terão de ser considerados: o técnico e o financeiro. O cenário da Série B é restrito. Os investimentos têm de ser adaptados à nova conjuntura. Os percalços são maiores. As receitas mais reduzidas. O processo exige muito equilíbrio. Jamais comporta caça às bruxas. 

Será muito importante o conhecimento do mercado. Nada de precipitações. O custo/benefício como foco principal. A ousadia não pode ser maior que o tamanho do cofre. Motivo simples: um dia a conta chega. 

Dois anos 

O Ceará foi rebaixado em 2022. Portanto, passou dois anos seguidos na Série B: 2023 e 2024. Uma experiência que gerou também muitas turbulências internas. A classificação para a Série A de 2025 não foi fácil. Ficou na dependência de terceiros, mas deu certo. Subiu. 

Experiência 

Os dois anos no andar de baixo servem de experiência. O que deve ser feito para retornar à Série A logo em 2027? Jamais demorar na correção de rumo, quando as coisas não estiverem correspondendo. Fazer boa pontuação desde o início do certame gera tranquilidade. 

Retorno 

O Fortaleza passará por um processo delicado. O time saiu da vitrine internacional. Tem de fazer mudanças no modelo de gestão. A adaptação exigirá mais compreensão da torcida e dos dirigentes, que estavam acostumados a lidar com projetos ousados como a Libertadores. 

Repúdio 

Discordo frontalmente de quem diz que o futebol cearense voltou para o seu verdadeiro lugar: a Série B nacional. Tal pensamento retrógrado fez parte da época de dirigentes acomodados. Hoje, dirigentes assim não terão vez. Sucumbirão pela pressão da torcida que não aceita mais ficar na segundona. 

Lideranças 

Este momento de transição é desagradável. Persiste a ressaca da eliminação. Os times se sentem despejados do baile. A autoestima despenca. Mas é preciso reagir. É exatamente em situações de desolação que surgem novas e grandes lideranças.  

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