As metas dos novos treinadores
Leia a Coluna desta segunda-feira (15)
Léo Condé foi em busca de novos projetos. Sentiu a frustração de ter chegado com o Ceará tão perto da classificação. Só conheceu a zona de rebaixamento na última rodada. Exatamente a rodada na qual não poderia conhecer. Foi terrível. Optou por outros ares. Foi melhor assim.
Palermo fez um belo trabalho de recuperação. Com o Fortaleza, saiu da zona de rebaixamento na penúltima rodada. Trouxe esperança. Mas, exatamente na última rodada, voltou para a zona de onde havia saído na rodada anterior. Frustração grande. Palermo optou por sair do Leão. Foi melhor assim.
Agora chegam Mozart Santos para o Ceará e Thiago Carpini pelo Fortaleza. Ambos têm experiência de Série B. As metas são as mesmas: voltar para a Série A nacional em 2027. Todos os demais objetivos serão secundários. Se 2026 terminar sem a subida para a Série A, será mais uma frustração.
Cada um tem seu estilo. Seria interessante evitar comparações. Aqui começa uma nova etapa. Serão desafios diferentes. Cenários diferentes. Propostas diferentes. Desejo que Mozart Santos e Thiago Carpini sejam felizes.
Permanência
A mudança de treinador é algo comum no futebol brasileiro. Eu não gosto da transitoriedade adotada aqui. Sou defensor de uma permanência mais duradoura. Por exemplo: a passagem de Juan Pablo Vojvoda foi duradoura. E poderia ter sido ainda maior.
Ponto
É incrível a situação que determina a permanência ou saída de treinadores no futebol brasileiro. Exemplo: bastaria um ponto a mais para Leó Condé ter permanecido no Ceará. Motivo simples: com mais um ponto, o Ceará teria ficado na Série A. Assim, Condé teria ficado e continuaria.
Dois pontos
No caso do Fortaleza, dois pontinhos a mais teriam também determinado a permanência de Martín Palermo no Fortaleza. Motivo simples: o Leão teria permanecido na Série A. Assim, Palermo igualmente permaneceria. Por um ou dois pontos, o treinador serve ou não para continuar. Isso é muito esquisito.
Treinadores
Os treinadores com quem eu mais travei contato foram Moésio Gomes, César Moraes e Dimas Filgueiras. Aprendi muito com eles. Moésio foi comentarista da Rádio Dragão do Mar na época em que lá eu trabalhei. Conhecia muito futebol. Muito sensato. Ficou famosa a “Escolinha do Moésio” que deu vários craques ao Leão.
Soldado
Dimas Filgueiras foi o maior treinador da história do Ceará. Inigualável. Poderia ter sido técnico dos grandes clubes brasileiros. Um estrategista como poucos eu vi. Sua leitura de jogo era perfeita. César Morais foi o defensor do 4-3-3. Foi com ele que aprendi a frase: "Modelo é o 4-3-3; todos os demais são derivação."