As diversas facetas de Yago Pikachu

Leia a coluna do Tom Barros

Legenda: Leia a coluna de Tom Barros.
Foto: Fabiane de Paula/SVM

Interessante quão imprevisível é o futebol. A estreia de Marinho aconteceu domingo. Havia uma expectativa sobre como ele seria utilizado pelo técnico Juan Pablo Vojvoda. Ficou na direita. Fez a parte que lhe cabia. Na estreia, nem sempre o jogador produz tudo o que pode. Há uma série de circunstâncias. Em síntese, é possível dizer que Marinho fez uma boa estreia diante do Athletico-PR. E pronto. Sem delongas. No lugar de Marinho entrou o paraense Yago Pikachu, que na verdade se chama Glaybson Yago Souza Lisboa.

Assim, quis o destino que Pikachu se redimisse diante da torcida. Fez o gol da vitória. O gol dos três pontos. O gol que fez a torcida perdoar Pikachu pelo pênalti perdido em pleno Maracanã diante do Flamengo. Assim, o vilão do Maracanã virou herói do Castelão. O bom do futebol é a variação produzida por situações imprevisíveis. O aplauso e a vaia. O riso e o choro. A euforia e o desânimo. A vitória e a derrota. Marinho está aí. Acredito que corresponderá plenamente. Pela estreia, já se vê que, quando totalmente adaptado, Marinho será de grande valia ao sistema ofensivo tricolor. Houve apenas uma pequena mostra do que ele será capaz de fazer. E Pikachu continuará surpreendendo. 

O passe  

Pikachu foi aplaudido merecidamente pelo gol que marcou, o da vitória (1 x 0) sobre o Athletico-PR. Mas é preciso destacar aqui o passe dado pelo volante Caio Alexandre. Um passe de longa distância com a precisão dos grandes computadores. Além do espaço por onde ele enviou a bola, ou seja, um corredor estreito que só mesmo os jogadores especiais descobrem. Parabéns, Caio. 

Valorização 

Geralmente, os autores dos gols são os destaques das matérias sobre futebol. Afinal são os que definem. Concordo. Mas é preciso valorizar também os construtores. Um lançamento, como o de Caio Alexandre, mata a defesa adversária. Os zagueiros tentam acompanhar Pikachu, mas não conseguem. Nesse caso, o mérito do gol tem de ser dividido com quem lançou. Penso assim.  

Agora vai? 

É a pergunta que mais ouvi sobre o Ceará, depois da vitória (3 x 0) sobre o Botafogo-SP. Calma, gente. Foi apenas o segundo jogo do Vozão sob o comando de Guto Ferreira. Realmente o time fez a sua melhor apresentação. Ficou, portanto, a animadora impressão de que o novo treinador está no rumo certo. Creio, porém, ser preciso esperar um pouco mais. 

Artilheiro 

Vejam quando o jogador é vocacionado a assinalar gols. O artilheiro da Série B nacional é o veterano atacante Vagner Love, do Sport de Recife que já marcou nove gols. Ele está com 39 anos de idade. Completou no dia 11 de junho passado. O Vice-artilheiro é Luciano Juba, seu companheiro no Sport, que marcou seis gols. Luciano Juba está com 23 anos de idade. 

Ferrão 

Termina no próximo final de semana a fase de grupos da Série D nacional. O Ferroviário, sem depender dos resultados da última rodada, tem a melhor campanha dos 64 clubes) com 30 pontos. Os mais próximos são o Retrô (Pernambuco) e o Athletic Club (Minas Gerais), ambos com 26 pontos. Não podem mais alcançar o Ferrão. Agora vem a fase eliminatória. 



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