Ainda a persistência do racismo no esporte

O mundo está estupefato diante da frieza e covardia do policial Derek Chauvin, que matou George Floyd, homem negro de 46 anos de idade. Derek foi cruel, indiferente ao suplício de George que dizia da dificuldade para respirar. Um assassinado que levou ao protesto os povos de bem do mundo. A praga do racismo persiste por toda parte, ora de forma velada, ora de forma mais ostensiva como agora. Na década de 1960, o maior pugilista de todos os tempos, campeão olímpico e mundial de boxe, Cassius Clay, lutou contra o racismo. Sofreu séria perseguição por isso. Em 1968, na Olimpíada do México, o atleta negro Tommie Smith, dos Estados Unidos, foi ouro nos 200 metros rasos. Seu compatriota, também negro, John Carlos, conquistou medalha de bronze na mesma prova. No pódio, ambos protestaram contra o racismo em seu país. Abaixaram a cabeça e ergueram o punho com luva preta. Não raro, no futebol de hoje, jogadores são vítimas de manifestações racistas. Aqui mesmo, no futebol brasileiro, manifestações assim acontecem. Pelo visto, mais de um século depois do assassinato do líder negro Martin Lather King, os racistas insistem no desrespeito e nas provocações. Resta lembrar a frase de Lather King: “Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor da pele”. 

Retorno 

Semana de extrema responsabilidade para todos neste retorno gradual às atividades em alguns segmentos. O Esporte está incluído. Alguns clubes em condições de cumprir na íntegra o protocolo. Outros ainda tentando contornar as dificuldades financeiras. Detalhe: a observação rígida do protocolo não pode falhar. Se falhar, colocará tudo a perder. 

Avidez 

É lógico que a volta aos treinamentos anima. A Alemanha já voltou às disputas, embora cumprindo também um disciplinamento que ficou bem visível nas própria disputas. Quero crer que o medo e a consciência de cada atleta conduzirão todo o grupo a um nível de prudência à altura do recomendado pelas autoridades médicas. 

Diferente 

Dizem que aqui no Brasil o disciplinamento é mais difícil porque o próprio provo é mais recalcitrante, ou por falta de conhecimento ou por rebeldia mesmo. Os números serão contabilizados no final da primeira semana. Se houver juízo, ótimo. Se houver extravagância, até os justos pagarão pelos pegadores. Aí todos estarão de volta para casa. 

Pílulas 

A TV Verdes Mares mostrou o jogo da volta do Fortaleza à Série A em 2004, sob o comando de Zetti. Momento histórico. Aí lembrei de fazer justiça a dois  dirigentes do Leão, que fizeram meritório trabalho naquela ascensão: o então presidente Cleyton Veras e o diretor de futebol Fernando Moraes.  

Foi Fernando o responsável pela vinda do técnico Zetti para o comando tricolor. Fernando, com seu poder de persuasão, convenceu o ex-goleiro, tetracampeão do mundo pelo Brasil, a vir. É que Zetti estava relutando. Elogiável trabalho de Clayton e Fernando Moraes.     



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