A vivência do Ceará na Série A
Leia a coluna de Tom Barros
O Vozão não é nenhum neófito na competição. É verdade que passou longos 16 anos na Série B, mas isso é coisa do passado. Em 2009, o Ceará ganhou uma vaga na Série A de 2010. Mas teve uma passagem efêmera. Em 2010, foi bem. Terminou em 12º lugar, à frente do Atlético Mineiro e do Flamengo. Em 2011, foi rebaixado.
O Ceará voltou à Série em 2018. Terminou em 15º, à frente do Vasco da Gama. Em 2019, correu risco de rebaixamento, mas escapou. Terminou em 16º. Em 2020, ficou em 11º lugar, à frente do Corinthians. Em 2021, novamente ficou em 11º, à frente do Internacional e do São Paulo. Em 2022, caiu.
Somando as duas passagens no atual modelo, o Ceará tem sete anos de experiência. Também passou por dois rebaixamentos. Portanto, experimentou momentos de segurança e momentos críticos. Um aprendizado de suma importância para os desafios que terá em 2025.
Quando caiu em 2022, o Ceará cometeu erros graves. Além de contratar jogadores em fim de carreira como Jô e Dentinho, trouxe um auxiliar de treinador para comandar a equipe, justo na reta de definição. Um absurdo.
Internacional
O Ceará teve três experiências na Copa Sul-Americana. Em 2011, foi eliminado pelo São Paulo na segunda fase. Em 2020, foi eliminado na primeira fase. Em 2021, chegou às quartas de final, sendo eliminado pelo São Paulo. Em 1995, o Vozão disputou a Copa Conmebol, sendo eliminado pelo Corinthians.
Experiência
Observem, pois, que o Ceará já tem uma bagagem considerável, tanto no plano nacional, quanto no plano internacional. Tem plena consciência do que representa disputar a primeira divisão brasileira. Uma gestão excelente é que garante resultado positivo em campo.
Exemplo
O Fortaleza é um exemplo de êxito dentro e fora de campo. O time vem cumprindo trajetórias altamente relevantes na Série A. Inclusive, pela segunda vez garantiu uma vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores da América. É uma prova inequívoca de que investimento seguro dá retorno.
Condições
Não sei qual é, no momento, a situação financeira do Ceará. O mercado do futebol está inflado por faixas salariais que ultrapassam o bom senso. Não está sendo fácil contratar jogadores de melhor qualidade. Os valores ultrapassam a realidade financeira da maioria das equipes da Série A.
Meio-termo
O Ceará precisa trabalhar numa faixa salarial que não comprometa a saúde financeira da equipe nem esteja abaixo do padrão técnico exigido pela Série A. Isso requer muito conhecimento do mercado e jogo de cintura. O êxito dependerá muito da expertise dos componentes do departamento de futebol.