A vitória da retomada tricolor

Confira a coluna deste sábado (27)

Legenda: O Fortaleza venceu o San Lorenzo pela Sul-Americana e retomou a confiança
Foto: KID JUNIOR

Nós queremos na Série A nacional o Fortaleza da Copa Sul-Americana. Em outras palavras: que o Leão vencedor de uma competição passe a ser também vencedor na outra competição, onde ele deixou de ganhar. Não sei a razão de tamanha diferença. É o mesmo Fortaleza, com a mesma linha adotada pelo técnico Vojvoda, conduzido pelos mesmos ideais. É o mesmo elenco, com as mesmas qualidades. Por que, então, é tão vencedor nas disputas internacionais e nem tão vencedor nas disputas domésticas?

O fantástico mundo do futebol tem esses segredos. São mistérios dentro e fora das quatro linhas. Falta alguém como Daniel, o decifrador dos sonhos na Bíblia, para decifrar o que há no Fortaleza. Enquanto não há este Daniel, caberá ao técnico Vojvoda interpretar o que existe de errado no Fortaleza da Série A. O Fortaleza, que perdeu o contato com as lideranças do Campeonato Brasileiro, mas é líder absoluto de seu grupo na Copa Sul-Americana. O Fortaleza vencedor e o Fortaleza que deixou de vencer são um só em essência e em verdade. Uma vitória hoje sobre o Vasco juntará, enfim, os dois tricolores. 

 

Adversário 

 

O Vasco da Gama teve um início animador. Lembro da notável vitória sobre o Atlético-MG no Mineirão. Depois, após alguns resultados bons, danou-se a lembrar o Vasco desfibrado dos anos anteriores. Já agora, novamente na zona de rebaixamento, o Vasco perde novamente a confiança adquirida e passa a ser os fantasmas de novo rebaixamento. 

 

Cuidado 

 

Mesmo assim, é o Vasco da Gama de tantas tradições. De repente, pode ser tocado pela inspiração que teve nos primeiros jogos. Há, pois, que ser respeitado. No Campeonato Brasileiro não há jogo fácil. Além disso, o Vasco sabe da necessidade de o Leão voltar a ganhar. Sabe que o Fortaleza terá de se expor em casa. O visitante poderá, então, tirar disso o melhor proveito. 

 

Quarta vitória 

 

O Ceará, após três vitórias consecutivas na Série B, retomou a confiança. Faturou nove pontos. Engrossou o pescoço. E passou a acreditar que pode chegar já ao privilegiado G-4. O técnico Eduardo Barroca vem alcançando os resultados desejados. Definiu bem quem é titular e quem não é. Aquele que mostrar qualidade toma conta do pedaço. 

 

Escalação 

 

Costumo dizer que o jogador é quem se escala. Às vezes, numa exceção, o treinador pode não gostar de um atleta, sacando-o injustamente do time principal. Acontece. Mas, mais cedo ou mais tarde, o atleta injustiçado terá seu futebol reconhecido. O bom cabrito não berra. Além disso, a voz da torcida também tem seu peso. Questão de tempo. 

 

Confusão 

 

Andei confundindo o técnico do Avaí, Gustavo Morínigo, ex-Ceará, com o técnico do Novorizontino, Eduardo Baptista. Diante de tantos jogos e de tantas idas e vindas, também corro o risco de trocar as bolas. Melhor mesmo ser o Eduardo Baptista. Se fosse o Morínigo, conhecia tudo do Ceará e poderia dificultar a missão alvinegra. Ainda bem que não é. Peço desculpas pelo equívoco.



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