A sina dos novos treinadores

Leia a coluna de Tom Barros

Escrito por
Tom Barros producaodiario@svm.com.br
Legenda: Ancelotti, técnico da seleção brasileira.
Foto: @rafaelribeirorio I CBF

Nestes 60 anos de profissão, tenho tido muito cuidado quando o assunto é treinador de futebol. Convivi com técnicos de todos os tipos, educados e mal-educados, competentes e incompetentes, bizarros e falastrões, discretos e extrovertidos, doidos e ajuizados. 

Os colegas da mídia do Sul e Sudeste derreteram-se em elogios ao técnico Carlo Ancelotti, após a vitória (3 x 0) do Brasil sobre o Chile. Realmente a Canarinho teve bom desempenho. Mereceu comentários elogiosos. Evoluiu. Mas ainda é cedo para conclusões definitivas. 

A verdadeira avaliação somente será possível, quando a Seleção Brasileira enfrentar as poderosas seleções europeias. O Chile, pelo atual ranking da Fifa, é apenas o 57º colocado. E a Bolívia, próximo adversário, está na 78ª posição. Portanto, são adversários bem abaixo do ranking composto pelos dez primeiros. 

Ancelotti tem história. Faz parte do rol dos melhores do mundo. Mas, creio, que ainda é cedo para conclusões. É indiscutível que está no bom caminho. Melhor ainda quando medir forças com as seleções europeias, que ele conhece muito bem. 

Imagem 

O Fortaleza terá um novo técnico à beira do gramado a partir do jogo diante do Vitória de Salvador, dia 13 de setembro, às 16:00, no Castelão. Quando o alto comando tricolor resolveu contratar um argentino, ficou no ar a impressão de que o objetivo era o de trazer alguém à imagem e semelhança de Vojvoda. 

Postura 

Pelas primeiras declarações feitas por Martín Palermo, já se vê que as personalidades são bem diferentes. Isso, porém, pouco importa. O que importa na verdade é o resultado positivo do trabalho, que terá de ser imediato. É para ontem, como se diz em tempo de pressa e de pressão. 

Equívoco 

Cometerá sério equívoco quem insistir na comparação entre o ex-treinador Vojvoda e o atual treinador Martín Palermo. Isso não trará nenhum proveito. Só atrapalha. Entre os dois, de comum mesmo, apenas o país onde nasceram. Então, esqueçam o técnico anterior. E deixem o Palermo trabalhar. 

Outro lugar 

Juan Pablo Vojvoda também está diante de um novo desafio. O Santos, sua atual equipe, embora fora da zona de rebaixamento, tem o mesmo número de pontos (22) do Vitória, o primeiro que está na zona baixa. Portanto, não é nada confortável a missão dele na Vila Belmiro. 
 
Distância 

Procuro observar tudo à distância. E com moderação. As missões de Ancelotti, Palermo e Vojvoda são específicas, distintas. Cada uma com característica própria. Só o tempo dirá quem alcançará o seu objetivo. Optei por esperar. Assim, com fundamentos, será possível emitir opinião segura e consistente. 

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