A penúltima batalha do Vozão

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Foto: Thiago Gadelha/SVM

Hoje, mais uma vez, o Ceará pendurado. Uma espécie de “Balança, mas não Cai”, lembrando famoso programa humorístico que fez muito sucesso no rádio brasileiro na década de 1950. Pois o Vozão, há algumas rodadas, vem exatamente assim: balança, balança, mas termina salvo por resultados dos adversários. Para seguir vivo na competição, hoje o Ceará terá de ganhar do Avaí no Estádio Ressacada e torcer por tropeço do Atlético-GO diante do Athletico-PR em Goiânia. Além disso, torcer também por tropeço do Cuiabá no jogo contra o Atlético-MG no Mineirão.

Está tudo muito complicado. Fugiu do comando alvinegro o estabelecimento de seu próprio destino. O Ceará entregou a terceiros as condições de que precisa para permanecer na Série A. Quando um time passa a depender de embaraços dos concorrentes, a incerteza toma conta de si. Atua num estádio, mas de olho num outro estádio distante. Não consegue apenas se preocupar com a sua parte, pois de nada adiantará se resultados adversos acontecerem. Isso reduz o poder de concentração da equipe. E, como consequência, amplia o índice de erros. A reta final é cruel, máxime para quem deixa tudo para a última hora. 

Reformulação 

Quer o Ceará permaneça ou não na Série A, a filosofia de trabalho em Porangabuçu terá de passar por extremas mudanças. Um dos fatores principais será o critério a ser adotado nas contratações. É preciso uma melhor avaliação dos atletas. Até hoje não sei qual foi o critério adotado para trazer alguns jogadores como, por exemplo, Dentinho, totalmente fora de forma. 

Pontuação 

Na Série A do ano passado, quando concluiu o certame em quarto lugar, o Fortaleza cravou 58 pontos. Agora, se o Fortaleza conseguir ganhar seus dois últimos jogos, alcançará 55 pontos, apenas três a menos do que alcançou em 2021. Para uma equipe que foi lanterna durante boa parte do certame, a recuperação tricolor foi mesmo fantástica.  

Avaliação 

É muito importante disputar competições internacionais como a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana. Entretanto, é preciso um elenco maior e de qualidade. As agonias do Ceará têm tudo a ver com o desgaste que sofreu nas disputas paralelas. Não tinha elenco para manter a qualidade, quando promovia a rotatividade no elenco. Deu no que deu. 

Recuperação 

O Fortaleza também se deu muito mal no turno, justo quando também estava nas disputas de competições paralelas. Chegou a ser incluído no rol dos possíveis rebaixados. Entretanto, quando no returno concentrou atenções apenas na Série A, iniciou um processo de reação fulminante. Passou até a mirar a Libertadores, algo inimaginável quando esteve na lanterna.



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