No ano passado, o Fortaleza experimentou uma dramática fase, quando, além de permanecer na zona de rebaixamento, passou várias rodadas na lanterna. O técnico Vojvoda a tudo resistiu. Deu a volta por cima no returno. E alcançou uma vaga na Libertadores. A situação agora não é desesperadora como a de 2022, mas requer muita atenção porque o declínio está chegando exatamente quando vai acontecer a virada do turno. O Leão caiu para o 11º lugar. Um retrocesso significativo.
Sofreu seis gols nos dois últimos jogos (3 x 1 do Palmeiras e 3 a 0 do Bragantino). Há algo errado no sistema defensivo, que se mostrou vulnerável demais. Observem também que alguns concorrentes ganharam fôlego e ultrapassaram o tricolor. É o caso do Cuiabá. Há cinco jogos o Cuiabá não sabe o que é perder: ganhou do Santos (3 x 0), empatou com o Bahia (1 x 1), ganhou do Fortaleza (0 x 1), ganhou do São Paulo (2 x 1) e ganhou do Internacional, de virada (1 x 2). Não vejo o Fortaleza sob o espectro do rebaixamento, mas vejo o time se afastando do contato com a turma de cima. Como Vojvoda tem crédito por ter reagido bem diante de situações mais adversas, a atual agonia também poderá ser contornada.
Oscilação
Num campeonato longo demais como a Série A nacional, é comum os times oscilarem em algum momento. Até agora apenas uma equipe não tem oscilado: a do Botafogo-RJ. Todos os demais passaram por irregularidades de produção. Portanto, é natural o que vem acontecendo com o Leão nos recentes jogos. Mas a reação terá de ser muito rápida.
Reforços
O Fortaleza contratou jogadores que, segundo a comissão técnica, estão dentro do perfil. Tempo ao tempo para ver como é que fica. Não dá ainda para cobrar de Marinho. Machuca teve pouco tempo na estreia. Pior é que já amanhã, às 19 horas, o Leão enfrentará o Libertad no Estádio Defensores Del Chaco em Assunção no Paraguai. Haja desgaste. E no sábado tem o Goiás no caminho.
Abalo
Se houver uma quarta derrota consecutiva, o abalo moral será muito grande. Por esse motivo, o jogo em Assunção passou a ter uma importância muito maior. Não será apenas mais um jogo por uma competição internacional, mas uma busca tricolor pela reafirmação interna. De repente, tudo se complicou. Ainda bem que, na Série A, o Leão está bem afastado da zona de rebaixamento.
Descrença
O Ceará continua a sua sina de tropeçar em casa. Isso tem um custo no final. Após o empate com o Ituano no Castelão, observei uma reação muito comum entre os torcedores: o time não será rebaixado, mas também não se mostra com força suficiente para alcançar o G-4. A segunda partida no returno será já na quarta-feira diante do Guarani em Campinas. Está complicado.
Reação
O problema é que o Ceará devolve aqui a pontuação que conquista lá fora. Esta inversão não o permite evoluir. A diferença de seis pontos para o último do G-4, o Vila Nova, gera uma situação delicada, ou seja, não bastará ao Ceará ganhar seus próximos compromissos. Terá de torcer também por seguidas derrotas do concorrente. O Ceará precisa de uma reação imediata e fulminante.