A Copa do Brasil que ajuda e atrapalha

Leia a Coluna de Tom Barros

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Legenda: Taça da Copa do Brasil.
Foto: Thais Magalhães/CBF

Hoje, tem. Amanhã, tem. Não deveria ter. Em plena fase decisiva do Campeonato Cearense, Fortaleza e Ferroviário terão de desviar atenções para a Copa do Brasil. Hoje, o Ferrão cumpre jornada na cidade de São Luiz. No Castelão de lá, às 21:30, enfrentará o Sampaio Corrêa. Desgaste com a viagem. Desgaste com o jogo. Depois volta para enfrentar o Ceará pela semifinal cearense, segunda partida. Amanhã, às 21:30, no Castelão aqui, o Fortaleza recebe o Retrô de Pernambuco. Não tem viagem, mas tem o desgaste da disputa.

Por mais que haja rotatividade do elenco, o time desvia o foco das atenções. Claro que por trás dos incômodos existe a possibilidade de uma recompensa financeira substancial. É assim que funciona a Copa do Brasil, movida a cotas bem significativas, que time nenhum quer deixar de ganhar, máxime nestes tempos de dinheiro curto. Por isso é que digo: a Copa do Brasil ajuda e atrapalha. Agora lembrei da música “Entre tapas e Beijos”, composta por Antonio Bueno e Nilton Lamas, que em 1989 fez sucesso na gravação da dupla Leandro e Leonardo e, também, na interpretação de Lindomar Castilho. Assim, “Entre Tapas e Beijos”, a Copa do Brasil segue, distribuindo um monte de dinheiro... 

 

Prejuízo 

 

O time mais prejudicado na presente situação de trabalhar em duas frentes é o Ferroviário. A rotatividade do elenco é mínima porque não dispõe, por exemplo, de um grande elenco como tem o Fortaleza. O elenco coral é praticamente a conta do chá. Se quiser manter a qualidade da produção, terá de ralar muito. Então é mais complicado para o Ferroviário. 

 

Numa boa 

 

O Ceará, que não tem nada a ver com isso, aproveita o tempo disponível para os necessários ajustes. Corrigir erros na saída de bola é preciso. Foi assim, com seguidos erros, que o Ceará sofreu os dois gols diante do Ferroviário. No gol de Ciel, o sistema defensivo alvinegro parecia paralisado, apenas contemplando a conclusão do perigoso atacante coral. 

 

Igualmente 

 

O Maracanã, tal qual o Vozão, também fica de folga no meio da semana. Contemplará o desgaste do Fortaleza, ainda que o Leão promova uma poupança acentuada do elenco principal. O empate conseguido pelo Maracanã no jogo de ida acendeu o alarme contra uma possível zebra. O Fortaleza não pretende dar chance ao azar, que possa lhe roubar a chance do hexa. 

 

Mudando de assunto 

 

Dorival Junior, ex-técnico do Ceará e, também, ex-técnico do Fortaleza, ocupa hoje o cargo mais cobiçado do futebol brasileiro: o de treinador da Seleção Brasileira, cinco vezes campeã do mundo. Cargo que foi de Mário Jorge Lobo Zagallo, o melhor e mais vitorioso treinador brasileiro de todos os tempos.  

 

Adversários 

 

Na sua estreia na Europa, como técnico da Seleção Brasileira, Dorival Junior enfrentará duas pedreiras: Inglaterra e Espanha. Diferente de outros técnicos que enfrentaram seleções do médio escalão europeu. Será um teste de fogo. Tomara que dê certo. Caso contrário, a CBF certamente voltará ao furado papo de Guardiola, Ancelotti, Mourinho e outros menos votados. 

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