2025: a despedida de um ano triste
Leia a coluna de Tom Barros
A última folhinha do calendário cai: 31 de dezembro. Como diria o saudoso narrador, Fiori Gigliotti: “Crepúsculo de 2025. Fecham-se as cortinas. Termina o espetáculo, torcida brasileira”. Ou então: “Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter. Como todo dia nasce, novo em cada amanhecer”, música do conjunto “Os Incríveis”.
No futebol cearense, um ano de grandes decepções. O rebaixamento duplo, de Ceará e Fortaleza, trouxe um sentimento de impotência, de incompetência, de fracasso, de luto. A viagem de volta tem um preço muito alto. Cai a qualidade, caem os valores, cai o prestígio, caem as cotas.
Não é hora de buscar um culpado. Não é hora de arranjar um bode expiatório. Na verdade, todos são culpados. Uns mais. Outros menos. Na soma dos pecados individuais, o pecado coletivo. Então, que cada um fique com a sua culpa. E cuide, visando a evitar novo tropeço na mesma pedra.
Que 2026 venha com novas esperanças. Que os nossos clubes não se deixem levar pelo desânimo do insucesso e da desolação. Doeu cair. Foi horrível. Mas, como diz a velha frase: “Por trás de uma nuvem, há sempre um Sol a brilhar”.
Perdas
O rádio cearense teve perdas significativas neste ano de 2025. Três profissionais nos deixaram. No dia 11 de março, morreu o narrador Júlio Sales. Estava com 83 anos. Julinho veio do Pará. Brilhou na Rádio Uirapuru, Rádio Verdes Mares, Ceará Rádio Clube e Rádio Assunção. Foi um dos mais versáteis narradores que conheci. Brilhante.
Narrador
No dia 06 de agosto, morreu o narrador Maurício Otoni (71 anos). Meu cunhado. Trabalhou na Rádio Verdes Mares e na Ceará Rádio Clube. Também trabalhou na Rádio Cultura de Várzea Alegre. Na década de 1990, transferiu-se para Acaraú. Trabalhou na Rádio Difusora de Acaraú. Passou a ser acarauense, de coração.
Comentarista
No dia 31 de agosto, morreu o comentarista Chico Rocha. Ele estava com 75 anos. Fez notável dupla com Vilar Marques. Chico trabalhou na Rádio Uirapuru, Ceará Rádio Clube, Rádio Verdes Mares, Rádio O Povo e Rádio Assunção. Um homem muito correto, íntegro.
Saudade
Tive a felicidade de trabalhar com Júlio Sales (um verdadeiro professor para mim), Chico Rocha (foi meu patrão, quando arrendou o departamento esportivo da Ceará Rádio Clube) e Maurício Otoni (na Verdinha). De cada um, guardo imensa saudade. Profissionais brilhantes. Mais que isso: pessoas amigas, boas de coração.
Balanço
Pelo exposto, o ano de 2025 deixou marcas de tristeza e de saudade. Mas a vida é assim. Nem sempre as coisas acontecem como desejamos. Agora é seguir na luta. Realimentar sonhos e ideais. Que Jesus Cristo nos proteja em 2026. Que a Virgem Maria interceda por nós. Feliz 2026, caro leitor.