Depois disso, começou um verdadeiro disparo de respostas que trouxeram à tona o bate/rebate do conflito de gerações. De um lado, a Geração Z (os nativos digitais e que nasceram após os anos 2000) e, do outro, os Millennials (geração, imediatamente, anterior).
A Geração Z listou como cringe hábitos dos MiIlennials, como: gostar de café, usar emojis nas mensagens, usar cabelo partido de lado, ouvir rock, usar hashtags (#) em fotos, ter ido a locadoras de filmes, pagar boletos, assistir jornal etc.
Ser cringe significa ser cafona, ultrapassada e ter atos que causam vergonha alheia. No mundo da internet, a expressão serve para identificar situações vexatórias.
Bastou isso para o rebuliço ganhar evidência e tornar-se o assunto da semana.
Minha fonte imediata foi o livro LYDdereZ, de 2018, finalista do Prêmio Jabuti 2019, escrito por meu amigo, Pedrinho Salomão, que buscou entender o comportamento da Geração Z e conectar essas gerações para o exercício de uma boa liderança.
Assim como ele, percebo um mundo confuso de conceitos e ganhando notoriedade galopante sobre respostas de questões diagnosticadas por jovens que têm baixa resiliência e quase ausência de paciência para com o mundo e com o próximo.
Exercitei a tolerância para buscar entender a grande notoriedade para o caso e deparei-me com uma reflexão: temos tantas coisas importantes, sérias e valiosas nessa vida para direcionar o assunto para esse tema.
Esses jovens, mesmo diante de tudo que passamos de 2020 para cá, não entenderam que o que tem importância nessa vida é o ser humano, suas vivências e suas histórias?
Presente e passado são as melhores pontes para um futuro mais seguro. Não há nada mais saudável para as gerações do que ressignificar conhecimentos e experiências. É o verdadeiro tempero de sabedoria!
Definições e apelidos não validam ninguém, mas, se for para considerar, prefiro ser Ageless, viver sem rótulos, sem limitação de idade cronológica, cheia de vida e, o melhor de tudo, muito conhecedora de mim mesma. Esse é o tal segredo da juventude.
Se disserem, agora, que ser Ageless é ser cringe, afirmo que eu “não tô nem aí!”. Ser autêntica, ser verdadeira e ter construído a minha história com experiências e sensações é libertador.
Garanto uma coisa como Ageless: ser mais interessante é mil vezes melhor do que ser o mais curtido.
Vamos aproveitar o domingo, porque a minha vida não mudou nadinha com esse bafafá todo.
DOMINGUEMOS, AMÉM!