A última apresentação da cantora Kátia Di Tróia no forró foi em 1998. Aos 59 anos, a carioca radicada em Fortaleza (CE) fará uma live para gravar os sucessos da carreira. A transmissão, marcada para o dia 29 de agosto, às 18h, será pelo YouTube. Canções como “Cigana", “Quem Quiser Meu Coração” “Toque, Toque, Sanfoneiro”, entre outros hits dos anos 1990, fazem parte do repertório. Uma música inédita está prevista na apresentação virtual que ganhará DVD.
Kátia Di Tróia é natural do Rio de Janeiro. Ela deixou o sudeste em 1991. No início da carreira como cantora tinha no repertório a música baiana, além de canções internacionais. “Cantava em bandas de baile e clubes. Foram sete anos no trio elétrico em Salvador”, destaca. No Ceará, ela chegou em pleno Carnaval. Em Fortaleza, ela conheceu melhor o forró tradicional: da sanfona, zabumba e triângulo.
O nome artístico da cantora surgiu de um evento que acabou em confusão. Em Brasília, em apresentação em um trio elétrico para um político, eleitores de oposição apedrejaram o veículo. Ela e parte da equipe precisou se proteger na casa de máquinas. Instrumentos foram danificados no ataque. Da situação, nasceu a música de rock “Cavalo de Tróia”. Logo, começaram ligar o nome da composição ao de Kátia.
Relembre um sucesso da cantora:
Transmissão
A ideia da live partiu de um grupo de amigos de Kátia Di Tróia. “Muita gente pergunta por onde ando hoje e me cobram cantar forró. Também queria gravar um DVD, pois não tenho nenhum registro dos meus sucessos. Muita gente questiona se continuarei a cantar forró depois da live, mas Isso não foi pensado ainda. Irei estudar os retornos que teremos com a transmissão”, revelou a forrozeira.
Em Fortaleza, a forrozeira afirma ainda ser conhecida nas ruas. “Se eu ficar calada ninguém reconhece, mas quando eu abro a boca logo o pessoal fala: ‘Você é aquela cantora de forró!’. Na fila do supermercado acontece muito de reconhecerem. No meu bairro falo com todos e tenho grandes amizades”. Atualmente, a cantora dedica a vida a igreja evangélica.
Dos atuais nomes do forró, Kátia Di Tróia conta gostar da evolução que aconteceu dentro do gênero musical. “Tudo se transforma. Esse cenário é bom. Teve uma receptividade muito boa. Naturalmente, é obvio que a gente sente a diferença entre o forró tradicional e o atual — que é uma mistura muito boa. Tudo tem um tempo de mudança. Acho que essa mudança veio para melhorar Muitos não gostam e ficam naquela briga. Acho que tem espaço para todo mundo. A arte não pode ser limitada. A arte vive em constante movimento. Ela não pode ter limites”.