Após fechamentos de C&A e Renner, quais as grandes varejistas que resistem no Centro de Fortaleza

Varejista de moda deixou o bairro comercial na última semana e levantou o questionamento: será que acontecerá o mesmo com as outras âncoras e grandes lojas que resistem na região?

Legenda: Apesar da Americanas ter se envolvido em um escândalo financeiro no ano passado, loja do Centro de Fortaleza resiste e com fluxo intenso de pessoas
Foto: Fabiane de Paula

Quem costuma passar diariamente pela Rua Senador Pompeu, no Centro de Fortaleza, percebeu algo diferente nessa semana: a C&A da começou 2024 de portas baixas e comunicando o fim de uma das maiores lojas do logradouro após décadas. O acontecido se assemelha ao que aconteceu em 2023 com a Renner, que tinha uma unidade localizada na Rua Barão do Rio Branco, também no bairro comercial.

É manhã do início de janeiro deste ano e o Centro está movimentado. Por vários lados, famílias passam com sacolas cheias de material escolar. Lojas âncoras como Marisa e Riachuelo servem para quem quer atravessar o quarteirão sob a temperatura mais amena proporcionada pelo ar condicionado dos estabelecimentos, mas não é só isso: há quem pare para olhar roupas e acessórios e comprar os produtos.

Apesar do movimento relativamente aquecido, esse não parece o cenário padrão do Centro da Cidade, o que de certa forma tem relação com o fechamento de lojas na região. Para além do contexto socioeconômico e dos problemas de cada empresa, o Centro da Cidade parece não ter mais o ecossistema perfeito para abrigar grandes âncoras.

Problemas do Centro

No dia em que esta coluna publicou o encerramento das atividades na loja da C&A no Centro, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza, Assis Cavalcante, lamentou o ocorrido e se disse “uma voz que clama em meio ao deserto”, referindo-se às recorrentes reclamações sobre as problemáticas do bairro comercial.

Assis também teme e acredita que, perdurando as problemáticas, outras grandes âncoras devem deixar o local, que já foi o principal destino dos fortalezenses na hora de ir às compras.

Entre as grandes lojas que resistem, algumas contavam com um bom movimento nesta primeira semana do ano, especialmente as lojas de vestuário e de calçados (essas últimas beneficiadas com o início do ano letivo). Em outras, como as de eletroeletrônicos, apenas vendedores ocupavam o espaço interno da loja.

Veja as grandes varejistas que estão no Centro

Marisa

Legenda: Em um dos espaços mais tradicionais do Centro de Fortaleza está a Marisa
Foto: Fabiane de Paula

Riachuelo 

Legenda: Riachuelo, também localizada na Praça do Ferreira, quase ao lado da Marisa
Foto: Fabiane de Paula

BanBan 

Legenda: Banban Calçados costuma estar mais movimentada no início de janeiro, período em que a procura por calçados escolares é maior
Foto: Fabiane de Paula

Sapataria Nova 

Legenda: Sapataria nova na Major Facundo
Foto: Fabiane de Paula

Casas Bahia 

Legenda: Casas Bahia, loja de eletroeletrônicos de frente para a Praça do Ferreira
Foto: Fabiane de Paula

Zenir

Legenda: Zenir, na Rua Floriano Peixoto
Foto: Fabiane de Paula

Lojas Americanas 

Legenda: Apesar da Americanas ter se envolvido em um escândalo financeiro no ano passado, loja do Centro de Fortaleza resiste e com fluxo intenso de pessoas
Foto: Fabiane de Paula

Magazine Luiza

Legenda: Magazine Luiza é uma das âncoras ativas no Centro de Fortaleza
Foto: Fabiane de Paula

 

Lojas tradicionais cearenses

Além das âncoras, que ocupam sobretudo o entorno da Praça do Ferreira, outras grandes varejistas - e com lugar cativo no imaginário cearense - permanecem ativas no coração de Fortaleza como a loja de semijoias Talismã, em frente à Praça do Ferreira, e as lojas de papelaria Casas Bachá e Libaneza, ambas na Rua Floriano Peixoto.

Esquisita 

Casa Veneza 

Legenda: Casa Veneza, na Major Facundo
Foto: Fabiane de Paula

Talismã 

Casa Pio 

Ponto da Moda

Óticas Diniz

Legenda: Óticas Diniz, na Rua Floriano Peixoto
Foto: Fabiane de Paula

A Libaneza 

Casa Bachá 

Sodine 

Top Móveis

Liliane

Laser Eletro

Restaurantes também estão entre as empresas que resistem no local, como a padaria Romana, na Praça do Ferreira e o Mc Donald’s da Rua Barão do Rio Branco, cuja inauguração foi registrada no Diário do Nordeste e relembrada em matéria sobre os 30 anos da franquia.

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