Polarização: Sarto e Evandro se veem como principais adversários na disputa em Fortaleza

Prefeito e presidente da Assembleia protagonizam troca de farpas que representa disputa entre Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza

Legenda: Ex-aliados, os dois se conhecem bem: Evandro sucedeu Sarto na Presidência da Assembleia Legislativa
Foto: Montagem

Escolhido pré-candidato a prefeito de Fortaleza pelo PT no mês passado, Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa, sabia que tinha que entrar no debate pré-eleitoral. O caminho, naturalmente, era investir contra o prefeito Sarto, por razões óbvias, seu principal adversário na disputa. O pedetista reagiu, e os dois estão travando um embate forte por meio das redes sociais sobre Fortaleza. 

Os nomes de PT e do PDT polarizam o debate na Capital. Paradoxalmente, as pesquisas de opinião recentes mostram que eles não são os mais bem colocados na opinião popular. Mas por que centralizam o debate? 

Sarto e Evandro representam as duas principais máquinas administrativas do Ceará: a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado, respectivamente. Isso tem muito peso. O choque eleitoral entre essas duas forças costuma ser duro.  

Um exemplo recente foi a apertada vitória de Roberto Cláudio em 2012, com apoio do então governador Cid Gomes, contra Elmano de Freitas, então apoiado por Luizianne Lins, que comandava a Prefeitura. 

Evandro tentará tomar o assento de Sarto no Paço Municipal. Sarto, pelas reações recentes, sinaliza ver em Evandro – pelo menos por enquanto – seu principal adversário. 

Antes das investidas do petista, o prefeito deixou no vácuo críticas de pré-candidatos ao cargo como Capitão Wagner (União) e André Fernandes (PL). Uma delas, inclusive, foi feita por Wagner ainda em fevereiro: a taxa do lixo. A reação do prefeito à época nem de longe lembrou a resposta que deu a Evandro no último fim de semana. 

Até as definições de candidaturas, outros embates vão acontecer. No meio de tudo isso, há um estado e uma cidade a serem governados, com demandas muito urgentes e que, não raro, demandam cooperação entre as máquinas administrativas.  

Até o momento, as duas partes não demonstraram maturidade suficiente e nem comportamento republicano em busca de solução para os problemas que demandam essa aproximação. 

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