Na Educação, Camilo Santana comanda área estratégica para objetivos centrais do governo Lula

O sucesso do ministro é vital para o projeto político do PT e pode alça-lo à condição de liderança com visibilidade nacional

Legenda: O novo ministro está levando as cearenses Izolda Cela e Fernanda Pacobahyba para a missão no MEC
Foto: Fabiane de Paula

Ministro da Educação no governo Lula, Camilo Santana está com a caneta e a responsabilidade em uma área que será central para o projeto político do presidente e do PT. É cercada de expectativa a chegada do ex-governador cearense ao ministério, a julgar pelas presenças na cerimônia de posse ocorrida na manhã de segunda-feira (2) no Ministério.

O ato solene contou com a presença de ministros, governadores, deputados federais, senadores e autoridades da área, além de muitos cearenses entre parlamentares e prefeitos. Entre gestores de todo o País, conhecedores do modelo cearense de educação pública, há uma grande expectativa sobre o trabalho do novo ministro em Brasília.

A dimensão do que significa o êxito de Camilo Santana à frente da política educacional brasileira só poderá ser medida, evidentemente, com o tempo. Entretanto, as primeiras sinalizações do próprio presidente Lula demonstram a Pasta está na lista das três mais importantes.

Em seus dois discursos de posse, no Congresso Nacional e no parlatório do Palácio do Planalto, por diversas vezes, Lula citou o nome Educação e colocou como uma das chaves para a redução das desigualdades no País e até para ajudar na estratégia de combate à fome.

“Vamos recompor os orçamentos da Educação, investir em mais universidades, no ensino técnico, na universalização do acesso à internet, na ampliação das creches e no ensino público em tempo integral. Este é o investimento que verdadeiramente levará ao desenvolvimento do país.”
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República

No segundo momento, em que fez um pronunciamento mais voltado à Nação, Lula também não deixou de reforçar o tema.

“Agora é hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro. Gerar empregos, reajustar o salário mínimo acima da inflação, baratear o preço dos alimentos. Criar ainda mais vagas nas universidades, investir fortemente na saúde, na educação, na ciência e na cultura.”

Uma outra sinalização que veio neste mesmo sentido foi no surpreendente discurso do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, no ato de posse de Lula e Alckimin.

“Pensando no futuro, precisamos olhar com mais cuidado para a educação. Não há um horizonte próspero a qualquer país se não houver investimento efetivo em educação. O Brasil que merecemos passa pela capacitação de nossos jovens, e pela garantia de um ambiente educacional de qualidade a nossas meninas e meninos. Devemos firmar um compromisso para que nada falte à geração de 0 a 18 anos do Brasil.”
Rodrigo Pacheco
Presidente do Congresso Nacional

Essa confluência de discursos exaltando a Educação é bem mais do que menções protocolares. É fruto dos momentos de dificuldade que o País viveu, principalmente durante a pandemia da Covid-19, e nos anos tumultuados da gestão Bolsonaro. 

À frente do estratégico Ministério, Camilo está alçado a uma condição que será fundamental para as pretensões nacionais do PT e de Lula. Um eventual sucesso deve elevar sua condição de liderança nacional. 

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