Haddad quer dividir com Camilo Santana responsabilidade sobre jovens que nem estudam nem trabalham

Ministro da Fazenda considera que o problema que afetam 11,5 milhões de brasileiros passa pela melhora do ensino médio

Legenda: Camilo Santana e Haddad
Foto: Luis Fortes/MEC

O Brasil enfrenta inúmeros obstáculos para o crescimento econômico. Um dos mais preocupantes, sem dúvida, é a situação de desalento dos jovens. São 11,5 milhões que não estudam nem trabalham no país. Uma dor de cabeça que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer dividir com o colega Camilo Santana, Ministro da Educação, para avançar em uma área considerada crucial.

Para se ter uma ideia, esse contingente populacional equivale a um país do tamanho de Portugal. No relatório Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil aparece em último lugar no ranking dos países em que jovens de 15 a 29 anos não estudam e nem trabalham.

Haddad menciona as ações na área econômica do governo, mas enfatiza a necessidade de investimentos na educação básica.

“Sempre destaquei que o ensino médio (de responsabilidade dos estados) inspirava cuidados. Alguns poucos (governadores) prestaram atenção aos apelos, como os de Pernambuco e Ceará. No entanto, não existe uma mobilização nacional em benefício dos que concluíram o ensino fundamental", disse o Ministro Haddad em entrevista ao podcast O Assunto, do G1.

Haddad afirmou que já defendeu uma interação entre o Sistema S e o ensino médio, e revela a colaboração com o Ministro da Educação.

“Estou conversando muito com Camilo Santana, reiterando que o Ministério da Fazenda está à disposição para retomar essa agenda. É essencial proporcionar no ensino médio uma educação que prepare os jovens para a vida política, social e profissional. Sem essa transformação no ensino médio, enfrentaremos muitas dificuldades pela frente".
Fernando Haddad
Ministro da Fazenda

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