Déficit da previdência impõe uma reforma

A reforma da Previdência Social ocorrida no Congresso Nacional em 2019 determinou que os estados e municípios com sistema próprios de aposentadorias e pensões dos servidores fizessem o mesmo em um prazo razoável, sob pena de ficarem sem receber transferências voluntárias do Governo Federal. Pois bem. A discussão chegou a Fortaleza, tardiamente, é verdade. Na edição de ontem, este jornal publicou reportagem que mostra o seguinte: o rombo no sistema dos servidores da capital foi de R$ 365 milhões só no ano passado.

O prognóstico para este ano é de um montante superior a R$ 400 milhões que sairão do bolso do contribuinte para fechar a conta, tudo isso além da contribuição patronal já paga à previdência. O déficit que a reportagem revelou vem crescendo desde 2013. Independentemente da exigência federal, a necessidade de uma reforma no sistema municipal urge. A necessidade de mudar as regras deve ser a baliza número um na discussão que está começando na Câmara Municipal. Evidente que os principais agentes, os servidores, devem ser ouvidos e ter os argumentos considerados. Mas há benefícios atuais impossíveis de serem mantidos.

Boa ideia, mas...

O vereador Lúcio Bruno (PDT) quer incluir na fase um de vacinação a comunidade escolar de Fortaleza, que envolve 230 mil estudantes e mais 20 mil profissionais, um total superior a 250 mil pessoas. A argumentação do parlamentar é justa. Principalmente para a primeira infância, um ano sem aulas presenciais representa um prejuízo grande na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo. A ideia dele, entretanto, esbarra na ainda limitada quantidade de vacinas disponíveis. Não conseguimos, por exemplo, concluir a vacinação de profissionais de saúde e dos idosos acima de 75 anos. Até o momento, a Prefeitura não deu mostras de que vai apoiar a ideia.

Tasso assertivo

O senador Tasso Jereissati disse, em entrevista ao Jornal O Globo, no domingo (14), que os partidos foram "triturados" na discussão sobre a troca de comando na Câmara e no Senado. Leitura assertiva. A forma de atrair os parlamentares se deu de maneira individual com o auxílio do Palácio do Planalto, o que enfraqueceu as posições partidárias. O PSDB foi um dos mais atingidos pelo racha, assim como o DEM. Tasso, por sinal, nesses tempos difíceis, têm sido uma voz equilibrada a apontar os problemas na República. Na semana passada enquadrou Pazuello. Tasso tem sido um líder a ser ouvido.



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