Comando da Assembleia testa liderança de Romeu Aldigueri para articulações de 2026

Pedetista terá desafios em pacificar a base e mostrar habilidade de agir como liderança estadual

Legenda: Com experiência administrativa e política local, Romeu será testado como articulador em outro nível
Foto: Alece

A posse de Romeu Aldigueri (PDT) como presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) inaugura um biênio de articulações políticas estratégicas, com impacto direto na sucessão estadual de 2026. À frente da Mesa Diretora, o parlamentar terá o desafio de liderar a Casa em um período marcado por turbulência pontual na base governista, que exige consolidação da aliança, além da necessidade de fortalecer a governabilidade às vésperas da campanha de reeleição do governador Elmano de Freitas.  

Este, por sinal, é o primeiro ponto crucial: a da relação entre a Alece e o Palácio da Abolição. Aldigueri, até então líder do Governo, terá papel na interlocução com o governador para garantir a aprovação de pautas de interesse do Executivo.  

A mudança de estratégia na escolha da Presidência, após pressão do senador Cid Gomes (PSB), evidencia a necessidade de consolidar a aliança governista e ultrapassar esse contratempo. A substituição de Fernando Santana pelo pedetista acabou sendo um primeiro capítulo das articulações políticas envolvendo a base governista para 2026. 

Os holofotes do Legislativo

Outro ponto é a posição de destaque que a presidência da Alece confere ao ocupante do cargo em um contexto de sucessão. Historicamente, o presidente da Assembleia se torna uma peça-chave nas articulações eleitorais, tanto pela visibilidade política quanto pela capacidade de influenciar lideranças e decisões internas do Legislativo.  

Além disso, a composição da Mesa Diretora sob a presidência de Aldigueri traz desafios de representatividade e equilíbrio de poder. A inclusão de partidos de oposição, como União Brasil, sugere um esforço para acomodar diferentes interesses e evitar rachas.  

Três desafios do comando

Por fim, a gestão administrativa da Alece será um termômetro para avaliar a habilidade de Romeu Aldigueri em equilibrar suas funções institucionais com o papel de articulador político, que surge agora. Entre as atribuições da presidência estão decisões financeiras e administrativas que impactam diretamente a operação do Legislativo e a percepção pública de sua gestão.  

A posse de Romeu Aldigueri marca o início de um biênio decisivo para o cenário político cearense e põe à prova o novo papel do parlamentar no cenário político estadual. Os desafios são: demonstrar habilidade na costura de alianças, na pacificação de disputas internas e na gestão do Legislativo, em um momento em que cada decisão terá impacto na sucessão de 2026.

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