Avanço da pandemia deve manter restrições nas atividades econômicas

Legenda: Hospital de campanha se tornou realidade no Ceará para tratar doentes
Foto: Antônio Rodrigues

No que depender da avaliação dos especialistas em epidemiologia que orientam as autoridades cearenses sobre a situação da Covid-19, as medidas de restrição de atos que gerem aglomeração vão continuar após o Carnaval – com possibilidade de recrudescer (no que dependesse da orientação técnica - claro que nesses casos, o componente político e social também é levado em conta).

São exatamente essas medidas que atingem em cheio as atividades econômicas consideradas não essenciais. A situação da rede de saúde preocupa. Tanto nas unidades públicas como nas privadas, há um esgotamento das vagas disponíveis para internação, principalmente os leitos de UTI. Uma ocupação superior a 90%. A mobilização agora é para abrir novos leitos.

Cirurgias eletivas

Nas unidades públicas já está havendo o cancelamento de cirurgias eletivas para centrar fogo no retorno do combate à Covid, com uma diferença: na primeira onda, por conta do “lockdown”, os atendimentos de emergência caíram muito e, portanto, as unidades estavam mais focadas no atendimento aos casos de coronavírus. Agora, está sendo necessário dividir a assistência.

‘Fique em casa’

Reside exatamente neste ponto o alerta dos especialistas: o conhecido “fique em casa” tem o objetivo não só de evitar que todos possam contrair a doença no mesmo momento, mas também de desafogar as emergências para que as equipes estejam focadas no combate à pandemia.

Por isso, o alerta de agora é: não faz sentido a essa altura da pandemia pessoas estarem em aglomerações inadvertidamente.

Lógica pandêmica

Nos últimos dias, os números geraram um alarme ainda maior nas autoridades de Saúde. E a chegada da nova onda repete o que ocorreu em outros estados: primeiro chegou a exaustão o sistema privado e este pediu socorro à rede pública, o que tende a se repetir no Ceará e em Fortaleza, mais especificamente. Os cálculos apontam que o chamado “platô” – quando há uma estabilização dos casos ocorra no fim deste mês. Até quando? Não é possível dizer.

Em campanha

Por isso, começa uma nova onda de abertura de hospitais de campanha. O do HGF já está funcionando, embora ainda não na capacidade máxima, o sistema Unimed anunciou que abrirá sua unidade; em Sobral, o prefeito Ivo Gomes (PDT) também está reabrindo o seu hospital de campanha.

A preocupação, evidentemente, é maior em Fortaleza, onde os casos se multiplicam antes. Depois se expandem para o Interior. O caso é gravíssimo e precisa do esforço de todos.



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