O Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza, pertencente à Companhia Docas do Ceará, será concedido à iniciativa privada em um leilão que será realizado em São Paulo, na próxima sexta-feira (11). A data do leilão, já prevista, está confirmada, de acordo com o presidente da Companhia, Lúcio Gomes, após ajustes no projeto que havia sido feito em 2019.
O terminal continuará servindo para o desembarque de passageiros de navios e cruzeiros na orla da capital, na região do Porto do Mucuripe. No entanto, ao ser concedido à iniciativa privada, poderá ter uma ampla gama de utilizações, dependendo da expertise da empresa que arrematar o equipamento.
Lúcio Gomes, recém-chegado ao comando das Docas, detalha que um grupo da Companhia e da Secretaria Nacional dos Portos realizou um levantamento sobre o edital e toda a documentação da concessão do equipamento, que foi pensada em 2019, ainda durante o governo Bolsonaro.
A empresa interessada terá que pagar uma mensalidade às Docas, que gira em torno de R$ 60 mil (valor atualizado em relação ao projeto inicial), e também uma outorga, cujo valor definirá, por melhor preço, e a empresa vencedora do leilão. Lúcio Gomes informa que o valor da outorga será revertido para investimentos na própria Companhia Docas.
“É um equipamento belíssimo, mas não é a especialidade da Companhia gerir esse tipo de equipamento, que pode ser utilizado para grandes eventos, por exemplo. Sob gestão pública, o custo operacional é maior do que o retorno. Passando para a iniciativa privada, a empresa poderá explorá-lo de maneira muito mais eficaz”, acredita.
No entanto, antes de assumir o equipamento, a empresa vencedora terá que realizar uma reforma no equipamento, avaliada, segundo ele, em cerca de R$ 3 milhões, que inclui a recuperação de estruturas e equipamentos internos. Os trabalhos de transição devem durar pelo menos um ano.
Na última temporada de cruzeiros, de outubro de 2022 a abril de 2023, aproximadamente 25 mil pessoas passaram pelo Terminal Marítimo de Passageiros. Foram dez cruzeiros internacionais para destinos na Europa e América do Norte. Trata-se, portanto, de um equipamento com potencial para crescimento e lucro.
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