A engenharia de Sarto para dar competitividade aos aliados na disputa por vagas na Câmara

Comando do PDT organiza chapas que deverão buscar cerca de 30 vagas no Legislativo em outubro

Legenda: O presidente da Câmara Municipal, Gardel Rolim, é um dos articuladores da estratégia legislativa do prefeito José Sarto
Foto: Thiago Gadelha

O PDT, do prefeito José Sarto, está traçando um planejamento político para tentar contemplar todas as siglas e principalmente os aliados que serão candidatos a vereador na eleição de outubro. São 9 legendas no apoio à gestão municipal, o que demanda uma verdadeira engenharia eleitoral para manter os aliados coesos e com chances de atingir os objetivos individuais. 

A estratégia envolve o comando do Partido. Além de Sarto, o ex-ministro Ciro Gomes, o presidente municipal da sigla, Roberto Cláudio, e o presidente da Câmara Municipal Gardel Rolim articulam a organização do grupo que pode chegar a até 400 candidatos às cadeiras na Câmara Municipal. 

Os partidos aliados de Sarto são: PDT, PSDB-Cidadania, Avante, PRD, PMB, PMN e Agir. 

A primeira reunião em conjunto do grupo político deve acontecer nesta quarta-feira (20) em um hotel da orla da Capital. Os aliados conhecerão as diretrizes do comando para a composição das chapas e, em um segundo momento, haverá reuniões individuais com cada partido. 

A contemplação dos aliados exige uma matemática complexa, cujas bases, muitas vezes, são subjetivas ou com referências em dados de eleições passadas. 

Os vereadores com mandato e aqueles que estão fora da Câmara, mas têm potencial para serem eleitos em 2024, fazem cálculos para saber a quantidade mínima de votos que precisam para ter sucesso na estratégia. Diante disso, a composição da chapa é fundamental, tendo em vista a dificuldade de um vereador sozinho atingir o quociente eleitoral que garanta a eleição. 

Portanto, parlamentares com alto potencial de voto são rejeitados em partidos cuja média de votos dos pré-candidatos fica em um patamar abaixo. O desafio do comando é, justamente, acomodar os candidatos de modo que tenham possibilidade de concorrer em patamar semelhante aos dos demais candidatos das chapas. 

A estratégia do PDT, apurou essa coluna, é colocar os vereadores com potencial mais alto no próprio partido e, a partir da federal PSDB-Cidadania, dividir os aliados por potencial de voto, de forma a manter todo mundo em condição de brigar por vaga. Quem coordena a montagem é o presidente da Câmara, Gardel Rolim. 

Tempo de TV 

Embora numerosa em partidos, a coligação que deverá dar sustentação à reeleição de José Sarto dispõe de pouco tempo de propaganda no rádio e TV, que é dividido de acordo com a representação parlamentar dos partidos na Câmara dos Deputados.

Nos bastidores, as lideranças do PDT reconhecem que o prefeito precisará de canais para apresentar as realizações da gestão, mas reconhecem as dificuldades de articulação neste momento. 

A maior parte dos partidos com representação deve estar na coligação liderada por PT e PSB. Com eles estão MDB, PP, Republicanos e PSD.

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