Usinas solares fotovoltaicas lideram leilão de energia nova

Elas foram as mais competitivas, com menor preço médio de venda, de R$ 171,41 por megawatt hora (MWh) e deságio de 38,7% diante do preço-teto de R$ 280 MWh.

Legenda: Mais uma vez, as usinas de geração de energia solar fotovoltaica vencem leilão da CCEE
Foto: Qair / Divulgação

Foi realizado nesta sexta-f eira, 14, mais um Leilão de Energia Nova (LEN A-5 de 2022), promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As usinas fotovoltaicas foram as mais competitivas, com menor preço médio de venda, de R$ 171,41 por megawatt hora (MWh) e deságio de 38,7% diante do preço-teto de R$ 280 MWh.

O leilão atraiu R$ 2,95 bilhões em investimentos para viabilizar obras de 22 usinas. O fornecimento começará em 2027, atendendo a demanda das distribuidoras do mercado regulado, que abastece residências e pequenas empresas.

 

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Segundo avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a quantidade de energia contratada da fonte solar foi mais do que o dobro da eólica e quase o triplo da biomassa. 

De acordo com a entidade, a tecnologia fotovoltaica poderia, inclusive, liderar o leilão, se não fosse o “jabuti” da lei da capitalização da Eletrobras, que obrigou a contratação de PCHs a preços-médios de venda 57% mais caros.
 
Os empreendimentos solares contratados pelo LEN A-5 de hoje estão localizados na região Sudeste e Nordeste, nos estados de Minas Gerais e Paraíba. 

Foram arrematadas apenas quatro novas usinas da fonte, totalizando 200 MW de potência e os novos investimentos nesses projetos ultrapassam R$ 822,3 milhões.

 Mais de 80,7% da energia elétrica que será gerada pelas usinas mineiras e paraibanas serão destinados às distribuidoras no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). O restante poderá ser negociado no Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde os preços variam normalmente para cima, contribuindo para os resultados econômicos dos projetos.

Embora o resultado mostre mais uma vez a competividade da fonte solar, o volume de contratação ficou muito aquém das expectativas do setor e da própria necessidade do País.  
“Portanto, a fonte solar precisa ocupar cada vez mais espaço nos leilões, conforme ajustes nas diretrizes de contratação verificadas neste certame em particular. Estamos no caminho certo e o setor está pronto para contribuir com mais energia elétrica competitiva e limpa para o País continuar a crescer. A fonte solar é parte da solução e uma verdadeira locomotiva de geração de empregos, renda e oportunidades, aos cidadãos”, como disse o vice-presidente do Conselho de Administração da Absolar, Márcio Trannin.