Governadores nordestinos, de comum acordo com a direção da Sudene, decidiram apropriar-se de um pedaço dos recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste, o FNE, cujo orçamento, muito bem administrado pelo BNB, é superior a R$ 30 bilhões neste exercício de 2024.
A ideia é boa e, se bem executada, poderá ser um instrumento de política estratégica dos estados da região, na qual foram incluídos pelo oportunismo político da época o Norte de Minas Gerais e o Norte do Espírito Santo, estados que integram a rica região Sudeste.
O que pretendem os governadores nordestinos? Bem, neste ano, eles ficarão muito contentes se o Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) destinar aos seus estados R$ 5 bilhões.
A decisão será tomada pelo Condel da Sudene, que se reúne hoje, quinta-feira.
Em 2025, os R$ 5 milhões poderão dobrar para R$ 10 bilhões.
Pela proposta, caberá ao BNB, em contato direto com os governos estaduais, listar os seus projetos prioritários que estariam aptos a receber financiamento com recursos do FNE.
Obter essa montanha de dinheiro não será difícil. O Condel da Sudene é – como o são seus congêneres das superintendências da Sudam e da Sudeco – dominado pelos governos federal e estaduais.
Assim, tem-se como certa a aprovação da proposta, que, a bem da verdade, ajudará os estados na implementação de grandes empreendimentos, principalmente na infraestrutura.
No Ceará, o governador Elmano de Freitas teria à sua disposição um bom volume de dinheiro para tocar, por exemplo, a restauração das estradas pelas quais passa a produção de leite, frutas, soja, algodão e cimento na Chapada do Apodi. Essas rodovias estão deterioradas.